domingo, 19 de janeiro de 2014

Obrigada!!!

Olha eu de novo!
Eu sou o tipo de pessoa que quase nunca para, mas eu estou sempre acompanhando os comentários de vocês e agradeço muito por eles. Vocês como sempre são demais!

Sei que tem muita gente nova por aqui, não só do Brasil, mas também de vários outros países, como EUA, Índia, Finlândia, Japão, Portugal, Malásia, Alemanha, China e ect. Saber que minhas histórias alcançam tanta gente é gratificante demais!

Obrigadaaaaaa!!!

Beijos.

Organização dos capítulos

Oi amores,
ontem a Ângela, que me ajuda com as postagens e a parte técnica do blog, deu uma arrumada nos marcadores para mim e agora está dando para ver os capítulos direitinho. É só vocês irem lá nos marcadores (ficar ao lado) e clicarem na fanfic que vocês querem.

O primeiro capítulo que aparece é o último que foi postado, e o último que aparece foi o primeiro a ser postado.Se ainda tiver alguma fanfic com os capítulos confusos me falem para eu ou a Ângela podemos concertar.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Entre a Justiça e a Impunidade: Nessie



Bella saiu andando e se desfazendo das peças de roupa. Ele a acompanhou retirando as suas. Quando chegaram ao banheiro estavam nus, ela entrou e ligou a ducha, sentiu-o atrás de si e sorriu quando ele lhe lambeu a pele do pescoço, mordeu o local e lambeu novamente.



-Sabe o que eu quero neném?



-O quê?



-Que você me chupe. Faria isso Bella? Me daria esse presente de boas vindas?

-Uma chupada? Só isso?



-Não, mas para começar está de bom tamanho. Agora... de joelhos. - Ele deu a ordem rispidamente e ela se sentiu molhar.



Era um fato incontestável que sempre que ele lhe dava uma ordem ela se excitava. Por quê? Simples. Ninguém nunca lhe dava ordens. Ele era o único. Ponto final.



Ela se ajoelhou na sua frente e segurou seu pênis com uma mão, a outra ela colocou na barriga alisando os gominhos de músculos que Edward tinha. Ele lhe segurou os cabelos, enrolando as mãos até o punho prendendo-a lá.



-Chupa.



Foi a ordem que ele deu. Bella obedeceu. O aproximou dos lábios, estava duro feito rocha. Ela lambeu a cabeça e sugou a ponta, Edward gemeu empurrando para frente ao mesmo tempo em que a forçava a encontrá-lo e como ele estava segurando em seus cabelos, foi fácil ela obedecer e ela queria obedecer. Muito. Bella deixou o deslizar por seus lábios antes de sugá-lo forte afrouxou o perto da boca e passou a língua por toda a extensão, ele jogou a cabeça para trás e começou a empurrar os quadris. Ela o recebeu na sua boca e se excitou mais quando as punhaladas lhe alcançaram a garganta. Ela o sentiu vindo e sugou mais forte. As mãos em seus cabelos lhe ergueram e ela choramingou pela perda do seu brinquedo. Edward riu e lhe virou de costas para ele. Ele pegou suas mãos e as prendeu no alto da parede enquanto a empurrava contra a parede do chuveiro, ela sentiu o hálito quente dele em seu pescoço.



-Empina pra mim neném... Assim.



Seu corpo musculoso cobriu o dela, ele roçava seu membro duro em seu traseiro, lembrando-a do que estava por vir. Bella tentou libertar as mãos. Queria tocá-lo. Mas ele as manteve presas no alto enquanto continuava com o ataque de beijos e mordidas em seu pescoço. Bella sentiu o ardor de um tapa a sua nádega direita e gemeu baixinho.



-Se for me torturar deveria usar o chicote logo. – ela resmungou e ele sorriu.



-Prefiro usar a vara neném.



E em uma arremetida forte ele deslizou dentro dela, Bella mordeu o lábio para não gritar e acordar sua menina. Edward começou a se movimentar rápido, os embates o levando fundo dentro dela. Bella sentiu seu corpo contrair estava chegando...



Ele se retirou dela e ela se virou olhando ameaçadoramente, Edward lhe sorriu e girou o seu corpo novamente até sentir as costas aconchegadas contra o tórax. Ele desceu a mão por seu corpo. Começou pelo seios, envolveu-os com as mãos, espremendo os mamilos entre os dedos.



Ela gemeu e se aproximou mais do corpo dele. Então percorreu o caminho até o estômago, massageando suavemente com a mão direita, ele foi acariciando até a pélvis, esfregando ligeiramente, então a deslizou para entre as pernas. Com a mão esquerda continuava brincando em seus seios, enquanto com os dedos afastava suas dobras inchadas.



Bella se contorceu contra o corpo que mantinha a tensão invadindo-a, estirando até o impossível. Então sentiu um dedo invadindo sua vagina e as pernas estremeceram ameaçando dobrarem-se.



-Por favor... por favor...



Ele rosnou e lhe virou de frente para ele. Agarrou seu traseiro e lhe subiu pelo corpo, ela lhe rodeou os quadris com as pernas cravando os calcanhares no traseiro duro dele. Ele entrou devagar, lentamente a torturando de maneira, mortal. Quando estava dentro dela até o punho ele parou.



-Mexa-se ou eu lhe prometo que nunca mais você terá um orgasmo na sua maldita vida.



Edward riu roucamente em seu pescoço, ergueu o rosto e lhe fitou intensamente.



-Adoro você neném.



E começou os movimentos rápidos e fortes como ela queria, ele a empalava e fundo enquanto sugava seus seios doloridos. Eles chegaram ao mesmo tempo ao orgasmo. Seus líquidos se misturando, seus gemidos sumindo na boca um do outro. Eles ficaram naquela posição por um pouco mais de tempo até ele a colocar no chão e lhe abraçar apertado. Tomaram banho em meio a brincadeiras e foram para cama.



-Lado direito ou lado esquerdo? – Bella perguntou para ele olhando a cama.



_Direito. Fica perto da porta.



-O quê? É mais fácil de correr para longe de mim? – ela disse sorrindo e ele lhe abraçou lhe beijando calidamente.



-Não, é só precaução. Se alguém invade aqui, eu estou na linha de frente, para chegar até você tem que passar por mim primeiro.



Bella sentiu os olhos marejarem e escondeu o rosto no peito dele limpando as lágrimas rapidamente. Nunca tinha se sentido tão protegida como nesse momento. Se ao menos tivesse conhecido ele antes de Jacob...



-Obrigada.



-De nada. Vem vamos dormir antes que eu queira fazer amor novamente. - Edward falou alisando seu rosto e lhe beijou a testa.



Deitaram e ela se pregou a ele envolvendo seu peito com o braço e as pernas com as dela. Dormiram ao mesmo tempo. Felizes e tranquilos com a certeza de que estavam no lugar certo, no lugar que eram para está sempre.



[****]



Edward sentiu que era observado. E isso o inquietou, passou a mão por debaixo do travesseiro em busca de sua arma, não encontrou e praguejou em pensamento, imagens de ontem à noite lhe tomaram a mente e ele relaxou estava na casa de Bella, então era ela que o observava. Mas quando abriu um olho não eram os olhos cor de chocolate que o fitavam e sim um par de olhos verdes, muito parecidos com os seus que o olhavam com curiosidade, um sorriso tímido se desenhou na pequena boca e um dedo foi parar lá dentro, mãozinhas pequenas apertavam um coelho enorme. O dedo que estava na boca lhe cutucou o ombro. Ela queria atenção. Edward se virou e apoiou a cabeça na mão. O lençol deslizou e ele puxou de volta rapidamente, estava de cueca, mas não queria que ela o visse assim.



-Olá? – ele disse e ela lhe sorriu.



-Olá. Você é o meu novo papai?



Sua cabeça deslizou da mão batendo no travesseiro e ela riu, uma risada cristalina quase musical, ele se pegou rindo também. O que poderia dizer? Não, só estou fodendo com sua mãe? Mas nem morto que diria isso. E se queria um relacionamento sério com Bella teria que receber tudo que vinha com ela, o pacote inteiro. E olhando para a menininha à sua frente ele decidiu que não seria trabalho nenhum.



-Hã... Você quer que eu seja seu papai?



Ela sentou na beirada da cama e Edward afastou para que ela tivesse mais espaço. Ela deitou ao seu lado por cima do cobertor. Se virou para ele sorrindo e alisou seu rosto, ele fechou os olhos lembrando dos gestos que sua garotinha fazia com ele, quis chorar de saudades, mas reprimiu rapidamente. Abriu os olhos e a fitou.



-Tá triste?



-Não. Feliz.



-Parece triste.



-É que eu acordei agora, estou com cara de travesseiro.



-Você é bonito. Qual seu nome?



-Edward.



-O meu é Renesmee, mas pode me chamar de Nessie, eu gosto mais, todos me chamam assim, até as pessoas que eu nem conheço, como um homem que estava aqui outro dia e que conversava bem baixinho com minha babá. Eles nem me viram sabe, eu me escondi embaixo da escada, tem uma porta lá que vive trancada, mas eu achei a chave e é meu esconderijo. Você tem esconderijo?



-Às vezes.



-Eu gosto de me esconder. Você é meu novo papai? O meu antigo não gosta de mim, ele nem me liga sabe, eu também não gosto dele, ele vive fazendo minha mamãe chorar toda vez que liga para aqui, ele é chato. Você vai fazer minha mamãe chorar?



-Não, eu nunca vou fazer sua mamãe chorar.



-Promete?



-Prometo.



-Então vamos selar nossa promessa.



Nessie se levantou da cama e correu porta a fora. Edward se levantou e foi ao banheiro, Bella não estava na cama, ele se vestiu, pegou a escova dela e fez sua higiene pessoal. Bagunçou os cabelos porque não gostava de penteá-los mesmo e saiu do banheiro. Fez a cama o que era comum para ele. Nessie entrou no quarto correndo ele lhe sorriu e abriu os braços quando viu que ela não pararia a corrida. A ergueu alto e ela sorriu, sentaram na cama e ela lhe estendeu um vidro de catchup.



-A gente faz assim.



Ela colocou um pingo no dedo e ele a imitou.



-E agora? – Edward perguntou deslumbrado com a facilidade de interagir com Nessie.



-A gente une os dedos, e sela o acordo. Antes eu fazia com cuspe, mas mamãe disse que é nojento.



-Ok.



Eles grudaram a ponta dos dedos indicadores e balançaram para cima e para baixo.



-Ora, vejo que já se conheceram?



Eles olharam para a porta e Bella estava lá encostada de braços cruzados os observando. Edward viu a emoção em seus olhos castanhos. Ela lhe sorriu e ele devolveu o sorriso.



-Meu bem desça e nos espere na sala, vamos já.



-A senhora não vai mandá-lo embora, né? Ele será meu novo papai, e se a senhora o mandar embora eu ficarei sem papai de novo. Ele é bonito e forte. E ele gosta de mim. Ele não é como o Jacob. – ela terminou de falar com os olhinhos brilhando de lágrimas.



Bella se abaixou e a abraçou apertado, beijando seus cabelos. Falou com ela mais sem desviar os olhos dele.



-Não meu bem, nunca o expulsaria de nossas vidas.



-Obrigada mamãe. – sua garotinha falou e correu porta a fora.



Edward ficou fitando a porta sem saber o que falar, emoções fortes lhe tomavam. Nessie o queria como seu papai e ele queria ser o seu papai, mas... Bella queria isso?



-Vem Ed, vem tomar café.



-Você está certa disso?



Bella entendeu o que ele quis dizer. Se ela estava certa de querê-lo em sua vida. A resposta veio fácil.



-Absolutamente. Eu quero você, com tudo o que tenho direito.



-Inclusive os pesadelos?



-Estarei aqui para lhe confortar quando isso acontecer.



Ele lhe sorriu e lhe beijou. Saíram porta a fora para o primeiro dia de suas vidas.





Continua...

Entre a Justiça e a Impunidade: Passado



Eles passaram a manhã toda no edifício do FBI, ela o colocou de castigo em sua sala enquanto tratava com Emmett e seus outros agentes, explicava coisas e lançava olhares assassinos para quem se atrevia a perguntar sobre o general na sua sala. Almoçaram lá e ela cuidou de seus ferimentos, fizeram amor no tapete da sala e nesse momento estava trocando o curativo que tinha vazado e estava manchado de sangue.



-Porra Bella, isso dói!



Edward gemeu quando ela colocou o algodão em cima do corte no supercílio dele, estava roxo, o corte foi profundo, precisaria de pontos, mas o teimoso disse que faria isso na base dele. Emmett não estava melhor, mas pelo menos deixou ser remendado. Edward tinha a mão pesada. E era mais teimoso que uma mula.



-Pare de reclamar garotão, quem mandou você sair no braço com meu irmão?





-E eu por acaso sabia que aquele fodido de merda era seu irmão? Eu apenas o vi lhe agarrando e ninguém agarra o que é meu, apenas eu tenho autorização para tocá-la. - Edward falou segurando-a pela cintura e trazendo-a mais pra perto colocando-a entre suas pernas. Ele beijou sua barriga e ela ficou alisando seus cabelos.





-Podemos sair daqui neném? Precisamos conversar, tem muitas coisas que precisam ser esclarecidas entre nós dois e aqui não é lugar para tal.





-Concordo. Vamos.





-Primeiro preciso me trocar, peça para alguém pegar uma sacola que está no helicóptero para mim neném, minha farda rasgou graças ao seu fodido irmão. – ele falou com raiva.




-Você bateu nele também.





-Ele começou e não o defenda na minha presença, fico irritado.





-Ok, não farei, mas que você poderia ter evitado poderia...





-Isabella...



Ela sorriu e se vestiu, já que estava apenas de lingerie e saiu porta a fora. Pouco tempo depois voltou com sua sacola e ele se trocou rapidamente. O homem fardado era uma coisa, de roupa civil então...





Eles foram ao estacionamento, ela pegou as chaves, ele ergueu a mão e ela ficou olhando.



-O quê? – ela perguntou.





-Eu dirijo.





-O carro é meu.





-Ninguém vai me ver no banco do carona Bella, de forma nenhuma neném hum, hum...





-Você é machista!





-Sou honesto, mulheres no volante são um perigo constante.





-Grosso.





-Eu sei que sou e você adora. Agora me dê as chaves neném. Estou com fome.





Ela suspirou e as colocou nas mãos dele, ela nem ligava se ele dirigisse, mas tinha que fazer seu papel de mulher ofendida, afinal precisava disso, não?



[***]



–Acho que você me deve algumas explicações. – disse Edward no meio do jantar.





–Hã?Explicações?-Bella arqueou as sobrancelhas de forma divertida. –Sinceramente não acho que te devo nada, afinal o que temos não passa de um caso. –Bella quis se bater depois dessa resposta imbecil, mas era para ela a mais pura verdade, por mais que desejasse que fosse diferente sentia que era exatamente isso, um caso, o que existia entre eles.





–Bella não somos mais crianças, um caso não é o que quero e tenho certeza que você também não quer. – Edward estava dividido, bem no olho de um furacão de emoções, mas era sensato o suficiente para saber que havia errado feio ao julgar Bella como uma assassina fria e calculista.





Era hora de começar do zero e encontrar o verdadeiro assassino de sua família, só que ao lado de alguém que realmente estava à sua altura e esse alguém era Isabella Swan.





–Agora por acaso lê pensamentos?-Bella não queria ser rude, estava apenas se defendendo. Ela aprendeu que confiar num homem poderia ser o maior erro de sua vida. Jacob Black era a prova viva disso.





–Não faz assim Bella, conheço você bem o suficiente para saber que não é essa mulher dura que aparenta ser para todos que estão sob seu comando. – ele olhou profundamente naqueles olhos chocolates. – Sei que por trás dessa dureza toda está uma mulher doce que precisa e merece ser amada, protegida, cuidada. – ele colocou as mãos sobre as dela. - Essa é mais uma das muitas proteções que você aprendeu a colocar em torno de si, pois sei o quanto o mundo em que nós trabalhamos pode ser machista e cruel com uma mulher sensível como você. – ela mordeu os lábios e Edward não pode deixar de reparar o quanto aquele gesto era sensual quando Bella o fazia. – Não se afaste de mim, pois não sou teu inimigo, eu...





–Pois não é o que parece, você me acusa de coisas de que eu nem faço ideia, de coisas que eu não entendo. Eu já disse e vou dizer outra vez, confiança é à base de toda relação. –Bella murmurou inquieta tentando se livrar do toque de Edward, mas ele não deixou.





–Eu sei, é por isso que tomei uma decisão. –afirmou o general.





A dama de ferro viu um verdadeiro dilema nos olhos de Edward, uma verdadeira luta interna.





–Que decisão?-apesar de ter perguntado ela estava receosa da resposta.





–É hora de você conhecer o verdadeiro Edward Cullen por trás do temido general. Preciso que me ouça com muita atenção.



Ela assentiu ao pedido dele.





Edward respirou fundo na tentativa de controlar o turbilhão de emoções vindo com as lembranças de seu passado.





-Dez de maio de 2010, era véspera do aniversário da minha esposa, Alex Coll havia assumido apenas há alguns meses a presidência, mas já tinha inimigos até o pescoço. Como general dos SEAL decidi ficar na base para por em pratica o plano de ação da chefia do FBI, plano esse que salvaria o pescoço do presidente... O que eu não sabia era que tudo não passava de uma distração.





-Quando cheguei em casa esperava encontrar minha família feliz como sempre, minha esposa radiante por ser seu aniversário, mas não foi o que aconteceu... –Edward respirou profundamente tentando controlar o choro que sabia que estava por vir.





-Encontrei minha filhinha, de apenas três anos ao lado da mãe no carpete do nosso quarto, ambas já sem vida. Lembro-me que quando as encontrei minhas pernas bambearam perdendo as forças, com a dor me tomando de assalto, eu as abracei enquanto chorava desesperado, meu irmão e minha melhor amiga tentaram me tirar de lá para que os paramédicos pudessem fazer algo. Mas não havia mais nada a ser feito, minhas jóias preciosas estavam mortas, meu mundo tinha ruído, virado pó. Minha filha era tão pequena e inocente, destruiu-me saber que não a veria crescer e minha esposa era tudo para mim... sempre tão leal e compreensiva.



-Ressurgi das cinzas mais forte do que jamais fui. Precisava me concentrar, drenar minha raiva, canalizá-la para o lado certo, na hora certa o assassino pagaria. Lembro-me das provas encontradas na cena do crime marcadas a ferro em minha memória. Um dia pagarão por tudo o que fizeram à minha família, não sobrará pedra sobre pedra quando eu terminar, todos pagarão, todos. Eu prometi isso a mim mesmo, e à minha família e vou cumprir.





O olhar de Edward era de ódio e amargura, Bella se deu conta de que ele estava perdido em pensamentos e era hora de acordá-lo.





–Que provas Edward?-ela questionou tentando não demonstrar o horror que sentia diante de tal história de vida, pois pena, Bella tinha certeza, era a última coisa que ele precisava nesse momento.





–Provas terríveis que incriminam uma única pessoa.





–Quem?-Edward suspirou com a pergunta.





–Você. – respondeu já esperando uma explosão da parte dela.





–A MIM?-sem querer ela deixou sua voz subir duas oitavas. - Mas como?-Perguntou em tom mais baixo. –Pelo o que você me disse eu assumi sim o cargo de chefia do FBI no mesmo ano em que sua família foi morta, mas só assumi realmente o cargo um mês depois de tudo isso acontecer e depois tive que passar por uma série de formalidades que me tomou completamente o tempo e posso provar isso. Isso é um absurdo! Até o mais leigo dos seres humanos sabe que para planejar um assassinato é preciso de tempo e no mês em que assumi o cargo e no que antecedeu a ele tempo foi a última coisa que tive. –Bella exaltou-se como Edward esperava que ela fizesse sendo inocente. –Eu não matei sua família, eu não a conhecia, não fiz nada contra elas, mas se quer me acusar vá em frente, só não espere que eu fique parada. –ela se levantou pronta para ir embora. A verdade faiscava em seu olhar, assim como a raiva por ter sido injustiçada.





–Bella espera!-Edward agarrou o braço de sua morena a impedindo de se mexer. – Acha que se eu acreditasse que você é culpada estaria te contando tudo isso? Em troca de que eu faria isso? Para você dançar em cima da minha dor? Eu acho que não. Me deixa terminar, por favor.





–Ok. –ela respondeu mais calma pelo simples fato de sentir o toque dele.





[...]





–Não me abandone agora, eu preciso de você, me ajude a encontrar o verdadeiro culpado, pois quando eu mexer em tudo isso você será a injustiçada e não quero que isso aconteça porque sei que você é inocente. Antes eu te culpava porque não te conhecia, te julgava porque tinha ódio, não me deixe Bella, por favor. Vamos tentar ser um casal de verdade, eu quero bem mais que um caso com você, eu preciso de mais do que só um caso. Eu quero um relacionamento de verdade. Me entendi?-Bella não tinha ideia de como estava sendo duro para Edward agir com tanta sinceridade desde a morte de sua esposa ele não conseguia ser assim.





–Sim, para ser mais sincera nesse momento seria capaz de confiar minha vida a você. –Edward sorriu com a declaração. –Acho que agora é minha vez de contar algumas coisas. –murmurou Bella sem jeito.





–Sim, fale-me sobre Emmett. –a diretora riu, sabia que essa seria a primeira curiosidade dele.





-Emmett é meu irmão caçula, dois anos mais novo que eu... Desde crianças aprendemos a cuidar um do outro, com nosso pai trabalhando na Interpol e nossa mãe no DEA não nos restava outra coisa a fazer. Quando entramos para o FBI decidimos que usaríamos sobrenomes diferentes. Ele optou por usar o da nossa mãe e eu o do nosso pai para que jamais julgassem que estávamos protegendo um ao outro por nosso parentesco.





-Quando me casei aos vinte e dois anos com Jacob Black, Emmett foi totalmente contra... Quase me matou para falar a verdade, mas eu não dei ouvidos e me ferrei. Pouco depois estava me divorciando. A convivência com meu ex-marido estava se tornando insuportável e as coisas só pioraram quando descobri que o filho da mãe estava envolvido com todo tipo de negócio ilícito que você possa imaginar.





–Como você descobriu?-perguntou Edward, curioso.





-Meu pai forneceu algumas provas assim como quem não quer nada para que eu descobrisse sozinha aquilo que todos tentavam me mostrar. Meu mundo desabou e Emmett foi meu grande amparo, ele não me julgou, pelo contrário só me apoiou quando expulsei de uma vez por todas Jacob Black da minha vida. – E da vida da minha filha. Bella completou mentalmente, pois não achou que esse fosse o momento de falar sobre Nessie.





–Acha que seu irmão vai tentar impedir nosso relacionamento?-Edward estava agradecido a Emmett por ter protegido sua morena, mas ainda não tinha engolido os socos que levou.





–Emmett é um cara legal, só não tem uma ideia muito boa de você e acho que sabe porquê. –Bella deu uma piscadela divertida para ele percebendo seu mau humor com relação ao irmão dela.





–É, sei. – respondeu a contragosto.





–Minha nossa já está tarde! Preciso ir para casa. –Bella disse de imediato pensando em sua princesinha.





–Eu levo você. – prontificou-se o general.





–Eu acho melhor não Edward, é...





–Bella, um relacionamento sério inclui levar a namorada em casa. –rebateu ele.





–Não me lembro de ter ouvido o pedido. –murmurou manhosa.





–Não seja por isso, neném você aceita namorar comigo?-Bella não respondeu, simplesmente levantou e o beijou.





–Vamos lá neném, vou levá-la para casa. –afirmou Edward entendendo o beijo como um sim.





Bella havia virado uma Maria-mole com ele mesmo, não conseguia lhe negar nada, o pior é que não sabia como faria no dia seguinte, Emmett morava com ela e ainda não havia falado nada sobre Renesmee e achava melhor não dizer nada mesmo, pois Edward havia perdido uma filha no passado e não sabia como ele reagiria. Estavam no seu carro, ou ele ia com ela ou ia para um hotel.





Ela deu a direção da sua casa e ele os levou até lá, pararam na porta e ele desligou o carro e a olhou.





-Me convida pra entrar? – ele falou sorrindo.





-Por quê? – ela falou dando uma de desentendida. Ele sorriu e se aproximou dela desafivelando os cintos e a puxando pra cima de si.





-Porque... Eu adoraria dormir com você hoje. – ele lhe beijou o pescoço. -E amanhã... – lhe beijou o queixo. -E depois de amanhã... - ele lhe deu um selinho. -E na manhã seguinte... –ele tomou seus lábios com sensualidade acabando com as defesas dela.





Se Bella queria começar algo com ele, teria que deixá-lo entrar em sua vida, teria que abrir sua casa, sua intimidade, seu coração. Ela interrompeu o beijo e falou com a testa encostada na dele.





_Eu tenho uma filha. Renesmee. Ela tem cinco anos. –confessou a queima roupa.





_Deve ser linda como a mãe.





Ele falou e Bella sentiu a falha na voz dele, ele se lembrava de sua própria criança há muito morta. Bella se sentiu quebrar por dentro pela perda dele. Prometeu a si mesma que faria de tudo para obter justiça, não ficaria assim, quem fez isso iria pagar. E ela se asseguraria muito bem disso.





-Vem, tem alguém que eu gostaria que conhecesse. -Bella sussurrou e saiu de cima dele.





Fora do carro ele a abraçou pela cintura e andaram devagar para a porta da frente. Ela abriu e lhe deu passagem. Fechou a porta e passou a chave. A babá estava assistindo TV e tomou um susto quando viu Edward na sala.





-Calma Carol, este aqui é o Edward. Edward essa é a Carol, ela cuida de Nessie desde que era recém-nascida.





-É um prazer conhecê-la Carol.





Edward lhe deu um sorriso e estendeu a mão. A mulher ficou parada olhando-o admirada e aceitou o cumprimento.





-O... O prazer é meu...





Bella sorriu e em seguida o puxou escada acima não devia explicações a ninguém e não as daria. Ela se dirigiu ao quarto de sua filha e entrou de ponta de pé. Ela estava dormindo abraçada ao senhor Didi o coelho gigante. Edward se abaixou ao seu lado perto da cama e olhou sua filha com admiração.





-Ela é linda Bella. Uma princesa.





-E muito esperta também, consegue enrolar você no dedo mindinho dela tranquilamente, se der alguma arma que ela possa usar contra você, pode ter certeza que usará.





-Ela é fácil de amar, não?





-Muito fácil. Vem se ela acordar terei que te deixar de molho no quarto de hóspedes enquanto eu conto histórias pra ela dormir e ela gosta que eu conte um livro cheio.





Bella falou sorrindo e Edward se ergueu sem tirar os olhos da menina.





-Eu não me importaria de passar a noite toda contando histórias para ela. Nunca.





Bella o abraçou apertado e o levou até seu quarto. Entraram e ele ficou olhando ao redor, era um quarto tipicamente feminino.





-Quer tomar um banho?- ela perguntou sorrindo sensualmente para ele que retribuiu já abrindo os botões da sua camisa.







-Se o mestre mandou faremos todos...







Continua...

Entre a Justiça e a Impunidade: Ciúme



Emmett estava prestes a furar o chão e isso estava dando nos nervos de Alice, mas ele não conseguia ficar parado, tinha medo que a sede do FBI hoje viesse abaixo. Emmett conhecia muito bem o gênio de Bella para saber que ela era capaz de surrar o general metido a besta se ele fizesse algo fora do seu agrado e Emmett sabia que não seria algo difícil de acontecer. O intragável general era um provocador de primeira e Bella não ficava muito atrás, da última vez que os dois se encontraram na base SEAL o humor dela estava insuportável e pior é que foi Emmett quem acabou pagando o pato. O por quê? Ele mesmo não sabia.



–Emmett, se está tão preocupado assim, por que não vai até a sala de Bella de uma vez?-Alice que também estava preocupada indagou louca da vida, no entanto tentando se concentrar em seu trabalho.



–E correr o risco de ser assassinado?



[...]



–Disse que o plano não seria mudado. –Edward rosnou ignorando a pergunta quando Bella permaneceu carrancuda diante do seu sorriso.



–Mas mudei. –Bella respondeu com uma calma que até mesmo a própria estranhou.



–Pois perdeu seu tempo, isso não servirá de nada. –ele afirmou jogando a pasta de uma forma qualquer sobre a mesa.



–É mesmo? Você acha que sabe tudo sobre terrorismo, não é mesmo general? Tem ideia de quantos ataques já evitei sem jamais pedir sua ajuda?-ela ergueu o corpo caminhando com leveza até o general, mas mantendo uma distância segura entre eles. Sua voz era gélida desta vez.



–Humm... Interessante, entretanto parece que já se esqueceu das muitas vezes que precisou de mim. –Edward rebateu com cinismo diminuindo cada vez mais o espaço entre eles.



–Não esqueci, mas isso não lhe dá o direito de achar que está sempre certo, se eu seguir este plano, muitos dos meus homens podem sair feridos ou até mesmo mortos. –só Deus sabe como Bella esforçava-se para manter o tom profissional.



–Eu não estou sempre certo, por exemplo, errei quando decidi ficar na base para ajudar seu querido presidente deixando minha esposa e minha filha sozinhas e VOCÊ AS MATOU!!! –e lá estava Edward a acusando mais uma vez ao mesmo tempo em que se recriminava por isso.



–MAS DE QUE MERDA VOCÊ ESTÁ FALANDO?! Eu não consigo entender Edward. O QUE FOI QUE EU TE FIZ?



Que esposa? Que filha? Eram perguntas que gritavam em sua mete. Bella não era santa, já havia matado em sua vida para salvar companheiros, para salvar a si mesma, no entanto não tinha ideia do que aquele homem por quem se sentia sexualmente e para sua desgraça emocionalmente envolvida falava.



– VOCÊ SABE DO QUE EU ESTOU FALANDO!!!



–ACHA QUE SE SOUBESSE ESTARIA TE PERGUNTANDO?!



Não, não estaria. Edward respondeu mentalmente vendo aqueles olhos chocolate gritarem inocência, se tinha uma coisa que ele havia aprendido no pouco tempo que estavam juntos é que esses olhos não mentiam, eles entregavam até o último fio da alma de Bella.



–Me desculpe neném, não sei o que está acontecendo comigo, minha mente está uma confusão. –ele aproximou-se tocando o rosto delicado da diretora, porém ela desviou rapidamente.



–Edward, eu não sei o que temos, mas seja o que for assim não dá, uma coisa eu sei... A confiança é base de toda relação. –ela lhe deu as costas olhando pela janela de sua sala a agitada avenida Pensilvânia sem nada realmente ver. Bella só queria fugir do apelo sexual entre os dois. O simples toque em seu rosto foi como um rastro de fogo tocando sua pele.



Isabella tinha razão e Edward não podia negar estava mais do que na hora de definir o que tinham. Não eram mais crianças e as coisas entre eles já estavam em um nível elevado demais e por mais que sentisse estar traindo a alma de sua família, Bella não tinha culpa, seus instintos gritavam isso e Edward preferia crer neles, a perder a única mulher que foi capaz de realmente lhe despertar sentimentos verdadeiros, depois de sua esposa. E foi com esse pensamento que caminhou até a porta e a trancou.



–Você me perguntou se vim terminar o que começamos em minha base a resposta é sim. –Edward ronronou ao ouvido de Bella, que ainda mirava pela janela. –Eu ainda não sei o que temos, mas que tal descobrirmos juntos?



Ela arfou fechando os olhos. Sabia que não demoraria muito para estar perdida, seu corpo ansiava pelo de Edward e, por mais que estivesse magoada, Bella não conseguiria lutar contra ele simplesmente porque, como nenhum outro homem Edward tinha a dama de ferro na palma de suas mãos, mas obviamente ela jamais admitiria isso. Era orgulhosa demais para tal.



Edward sabia jogar muito bem, era um sedutor nato. Sabia o quanto a diretora era submissa ao seu toque. Ela sabia o quanto era e por isso mesmo não resistiu, quando o general deslizou as mãos por seu corpo desde o tronco até suas coxas. Edward logo sentiu o corpo tremulo de sua morena contra o seu e o seu próprio corpo arrepiar-se por inteiro com o contato.



Ele subiu as mãos até o delicado laço que prendia a saia o desfazendo e deixando a peça ir ao chão, afastou a lingerie e a penetrou com um dedo lembrando-se de que Bella era apertada e com ela era preciso calma ou acabaria machucando-a como fez sem querer na base SEAL.



Bella jogou a cabeça contra o peito de Edward na intenção de aproveitar mais a sensação da caricia, ao mesmo tempo em que ele a penetrava com o dedo indicador, com o polegar ele massageava seu clitóris.



Os gemidos dela eram música para Edward, depois de um tempo ele parou o que fazia só para virá-la de frente para ele e poder olhar em seus olhos, enquanto ele a estivesse tocando e isso a fez gemer em protesto.



–Olhe para mim Bella. –sua voz de veludo era puro erotismo enquanto voltava a tocá-la outra vez.



Bella atendeu a seu pedido, porém se remexeu impaciente querendo algo mais que seus dedos e mostrou isso ao começar a se desfazer do cinto dele.



Edward a beijou com volúpia e ela devolveu à altura enquanto procurava o que queria. Não estava preocupada com preliminares naquele momento, mas Edward de forma maldosa se afastou.



–Humm...! –Bella protestou, não gostando nada da atitude.



–Você me quer?-sua voz rouca de desejo a estava enlouquecendo.



–Quero. –respondeu em forma de gemido.



–Então diga o que quer de mim. –sussurrou Edward cheio de sensualidade.



–Você dentro de mim. –Respondeu agoniada.



–Fazendo o quê?



Sim ele estava a provocando. A queria louca. Completamente entregue a ele.

–Me fodendo como um louco. –respondeu desavergonhadamente.



–Seu desejo é uma ordem morena.



Edward a colocou sobre a mesa derrubando tudo o que havia em cima.

O membro do general pulsou forte de desejo reprimido e o colocou para fora de suas roupas penetrando a diretora segundos depois.



[...]



Todo o FBI havia ouvido os gritos dos poderosos durante a discussão e estavam preocupados agora que eles haviam cessado, mas ninguém ousava sequer chegar perto da porta.



–Acha que eles se mataram?-questionou Emmett à Alice.



–Acho melhor irmos até lá. - confessou a subdiretora.



–Nem pensar, depois vai sobrar para mim. –respondeu o diretor de contraterrorismo e contraespionagem.



–Você é covarde quando se trata de Bella. –resmungou sua amiga.



–Como se eu fosse o único. –rebateu ele, e era verdade a dama de ferro colocava medo em qualquer um.



–Em dez minutos vou até lá.



[...]



Os corpos de Bella e Edward estavam casados, exalando o perfume um do outro enquanto os últimos gemidos do sexo selvagem eram reprimidos pelos beijos ardentes que por vezes os deixava sem ar enquanto atingiam em sincronia o ápice.



–Acho melhor dar um jeito nessa aparência tigresa. –ronronou o general enquanto se recompunha.



–Você não está em melhor situação. –apontou Bella indo ao banheiro, não sem antes recolher a saia.



Alguns minutos depois...



Bella foi pega de surpresa quando recebeu um tapa nas nádegas, enquanto juntava alguns papeis no chão, e sorriu maliciosa com a atitude do general, apesar do tapa ardido ela gostou e como!



Mais algum tempo depois...



–Então é isso, o plano não será mudado.



–Já disse que vai, aliás, já foi. –Bella e Edward discutiam pela milésima vez.



–Já disse que não concordo. Você pode mandar em seus agentes, não em mim!



–Que seja como você quer, mas... –Edward sabia que tinha um “mas”. –Eu acabo de entrar em greve garotão.



Bella era uma mulher ardilosa, Edward entendeu perfeitamente o que ela quis dizer.



–Você não pode misturar vida pessoal com trabalho!-protestou o general imediatamente, a diretora gargalhou.



–Não posso?-perguntou divertida. -Já estou. Nada de sexo meu bem. –afirmou ela.



Edward bufou frustrado.



–Ok mulher, você venceu!-ele se rendeu.



Bella não conteve o sorriso de vitória.



–Agora preciso ir. –disse ele dando um cheiro em seu cangote.



–Vou com você até o helicóptero.



Enquanto ambos passavam pelos corredores Bella notou vários olhares de inveja e desgosto lançados ao general pelos homens e de cobiça pelas mulheres. Isso não passou despercebido a Edward que pretendia dar mais um motivo para os homens o invejarem, o que não perceberam é que, junto com mais alguns, Emmett e Alice vinham atrás deles.



–Até mais garotão. –Bella se despediu quando chegaram ao helicóptero.



–Onde pensa que vai assim neném?-Edward a enlaçou pela cintura e lhe beijou como se estivessem a sós deixando muitos boquiabertos e um Emmett vermelho de ódio.



Bella afastou-se do helicóptero para que ele pudesse alçar voo e no meio do caminho sentiu seu braço ser agarrado com força.



–Emmett você está me machucando!-alertou ela.



–Você ficou louca? O que foi essa cena ridícula?-ele gritou com ela sem se importar com as pessoas ali presentes.



–Nada que te diga respeito. –grunhiu Bella.



–É claro que me diz respeito! Você sabe como esse imbecil é! O que te deu na cabeça para se envolver com esse miserável?!-brandou ele.



–Emmett meça suas palavras!-avisou a diretora.



–Você pode mandar em mim como minha chefe, mas de outra forma não! Você sabe muito bem do que esse sujeitinho é capaz! Ele não passa de um babaca miserável que se acha melhor que todos! Um fudido filho da puta que...



–EMMETT!



–Não Bella, como...



–Cala a boca!



–Não vou calar porra nenhuma!



–Algum problema aqui?



Bella gelou. Isso não ia prestar.

Ela havia se esquecido que deveria ter escutado o barulho do helicóptero, no entanto não ouviu.



–Não...



–Sim, você!-Bella foi interrompida por um Emmett nada educado que agora ela queria partir em dois. –Escuta aqui seu filho da puta é melhor você se afastar dela ou...



–Ou o quê?-Edward o interrompeu furioso fazendo Emmett soltar o braço de Bella, o qual ele ainda segurava.



–Ou eu vou arrebentar essa sua cara de mauricinho encebado!-Emmett ameaçou e teve a audácia de apontar o dedo no rosto do general que estava lívido de raiva.



Ele havia visto toda discussão entre Bella e Emmett. Não permitindo nenhum abutre perto de sua morena pulou do helicóptero de imediato caminhado a passos largos.



–Pois eu não pretendo me afastar um milímetro que seja.



–Ora seu...



–Quer me bater? Vem. - Edward o estava provocando e não teria nenhuma pena.



–NÃO!-Bella gritou quando Emmett deu o primeiro soco e logo depois Edward revidou com força total. –PAREM! PAREM! SOLTEM-SE! EDWARD! EMMETT NÃO!-os gritos de Bella não surtiam efeito algum. –PAREM COM ISSO SEUS IRRESPONSÁVEIS! EDWARD SOLTA O MEU IRMÃO!-a última frase surtiu efeito imediato. Os dois não mexeram mais um músculo sequer.



–Bella... –o grandalhão foi o primeiro a acordar do torpor.



–Parabéns Emmett, você conseguiu! Agora todos sabem seu “segredinho”. –Isabella cuspiu as palavras saindo imediatamente do lugar. Edward tinha razão em querer brigar... havia sido ofendido, mas Emmett...Ele que não aparecesse na sua frente naquele momento.





Continua...

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Eternamente Sua: Capítulos 13 e 14


Capítulo 13

PDV de Bella


Edward e eu não queríamos voltar da viagem, mas infelizmente nós não podíamos ficar eternamente lá, apesar de esse ter sido o meu desejo para poder tê-lo só para mim, e acredito que de certa forma era o desejo dele também.



Eu o amo tanto!



Assim que chegamos em casa ele foi para a empresa e eu fiquei no escritóriolendo e assinando documentos da empresa da defunta. O estranho é que eu achei que isso fosse ser realmente difícil para mim, mas não estava sendo bem assim, na verdade estava sendo até fácil e eu ficava me perguntando o porquê disso.



Na realidade eu estava me perguntando o porquê de um monte de coisas que acontecia na casa dos Cullen. Por que Rose aceitou minhas mentiras tão fácil? Por que, se eu cometia tantas gafes de comportamento, ninguém desconfiava de nada? Se Jasper tinha alguma coisa com a defunta por que ele ainda não havia tentado nada? Longe de mim querer que ele tentasse é claro, na verdade eu andava fugindo e muito dele.



–Entre. –eu disse quando alguém bateu na porta do escritório.



–Com licença senhora Cullen, mas acabaram de chegar essas flores para a senhora. –uma das empregadas da casa me disse antes de me entregar o buquê de flores.



–Obrigada, pode se retirar. –eu disse tentando disfarçar meu aturdimento.



Era um buquê de rosas violetas enroladas em papel negro, o tipo de flores que você mandaria a um velório. Não tinha remetente algum no cartão negro, que só tinha o nome da defunta escrito em letras também cor de violeta.



Aquilo me assustou. Era como se fosse um aviso, um tipo de mal pressagio.



Eu as joguei fora, não ficaria com aquilo mesmo!



–Quem mandou isso para a defunta?-pensei alto, enquanto estava prestes a subir as escadas até o quarto.



–Bella. –parei no meio do caminho ao escutar Jasper me chamar e me voltei para ele relutante.



–Sim?-perguntei.



–Podemos conversar?-ele questionou passando as mãos nos cabelos e parecendo meio constrangido e chateado ao mesmo tempo.



–Não acho que essa seja uma boa ideia, pelo menos não agora. –falei apressada, querendo voltar a subir outra vez.



Ficar sozinha com Jasper era a última coisa que eu queria por medo do que poderia vir a acontecer.



–Será que eu posso saber por que você foge de mim como se eu fosse uma assombração?-a sua pergunta me pegou de surpresa e me fez estancar no lugar.



Que ótimo! Eu não esperava uma abordagem tão direta, mas eu também não tinha como responder isso ali na sala.



–Vamos até o jardim dos fundos. –pedi.



Seguimos calados até o jardim. Havia uma espécie de estufa, onde Esme passava a maior parte do dia, era ali que iríamos conversar. Eu estava muito nervosa, não sabia o que esperar desta conversa. E se ele tentasse algo?



– Acho que aqui podemos conversar com calma. – falei – Onde está sua esposa? – tudo o que eu não precisava era Alice querendo meu fígado por estar conversando com o marido dela



– Ela saiu. Foi à casa de uma amiga. Bella... – Jasper disse quando eu o encarei. – Eu não entendo esta sua hostilidade. Antes da sua viagem a Suíça, você me evitava como seu fosse alguém com uma doença horrível. Por quê? O que eu fiz? Por que não pode ser como antigamente? – ele perguntou parecendo angustiado.



Eu olhei de outra forma para ele. E se por ventura ele tivesse sentimentos pela defunta? Eles poderiam estar apaixonados... não. Sempre que estas duvidas entravam em minha mente eu sempre as espantava. Não importava. Somente Edward era importante para mim. Olhei Jasper que aguardava minha resposta.



– Jasper... isso não é certo... – murmurei.



– Por que não? O que tínhamos era tão bonito. É por Alice? Por Edward? Sabe que ele não se importa. – ele disse.



Como é que é? Edward não se importava que sua esposa tenha um caso com seu irmão? Duvido muito.



– Quanto a Alice... – ele continuou - Sabe que não precisa se preocupar, eu sei lidar com ela. – Porra! Que tipo de homem ele é? Pensei.



Jasper deu um passo à frente e eu recuei derrubando um vaso de orquídeas de Esme.



– Droga! – me abaixei para juntá-lo. Quando percebi Jasper me ajudava. Ele estava próximo. Próximo demais.



Levantei tentando me afastar, mas ele segurou minha mão.



– Bella... eu... não quero que se afaste. Sabe o quanto é importante para mim. – ele disse e acariciou meu rosto. – Você é tão especial.



– Mas que merda está acontecendo aqui?! – saltei ao ouvir a voz de Alice.



Ela nos olhava com fúria. Jasper ainda segurava minha mão. Puxei minha mão da dele.



– Alice, por favor... – Jasper disse tentando acalma-la.



– Calma o caralho! Então é aqui que o casalzinho se encontra? Que romântico. – disse mordaz.



– Deixe de besteira Alice. – Jasper disse. Eu não falei nada. Não sabia o que dizer.



Alice olhou para mim e então sua fúria se duplicou.



– Sua vadia ordinária! Por que não deixa meu marido em paz?! – sangue de barata tinha limites né.



– Eu não fico atrás de ninguém. Ele que veio atrás de mim. – falei.



Então ela avançou para cima de mim sendo segura a tempo pelo marido. Ela espumava de raiva.



– Sua falsa. Eu te conheço e não é de hoje Isabella. Se faz de santa, mas não passa de uma vadia dissimulada que dá em cima do marido das outras. Nem desmemoriada deixou de ser vadia. - ela gritava.



Estaquei. Como é que é? O que ela sabia sobre minha perda de memória?



– Cala a boca Alice! – Jasper disse tenso.



– O que você disse? – perguntei com o coração aos saltos.



Ela sorriu. Um sorriso cínico.



– Ah peguei no seu ponto fraco, não é? Como é que eu sei que você perdeu a memória?- ela dizia não escondendo sua satisfação por minha confusão.



– Vamos sair daqui Alice. – Jasper tentou arrasta-la, mas ela se soltou dele e ficou a minha frente.



– Sabe como eu sei? Assim como eu sei que você é Isabella Swan. – arregalei meus olhos.



Então ela começou a gargalhar. Muito. Muito mesmo. Eu já estava desconfiando que ela tinha algum problema de cabeça.



– Sua estúpida. Acha mesmo que pode existir duas pessoas tão parecidas no mundo e ainda com o mesmo nome? – falou.



– Já chega Alice! – Jasper gritou.



– Não! Eu vou falar. Vou falar tudo. – ela sorriu para mim.



– Não de ouvidos Bella. Alice está descontrolada. – Jasper disse nervoso. – Vamos Alice. Não faça algo que possa se arrepender depois.



– Eu quero ouvir. O que tem a dizer Alice? – perguntei.



– O óbvio, mas que só você, sua idiota, não percebeu ainda. Não existe esposa morta do Edward coisa nenhuma. Sabe por quê? Por que “ela” é você. Você é a esposa do Edward que supostamente “morreu”. – ela disse fazendo aspas com as mãos. Senti minha boca seca e meu corpo mole.



– Isso é... mentira. – sussurrei.



– Não sua imbecil, não é. Você é tão burra assim ou que? Não tem possibilidade de duas pessoas tão parecidas a ponto de outra se passar por ela. Você perdeu a memória há três anos, não é? Então você é a esposa do Edward. Mas vendo agora você continua a vadia igual a antes do acidente, e pode ser até que não tenha perdido a memória coisa nenhuma e nós estejamos fazendo papel de idiotas. – ela disse.



Não. Não podia ser verdade. Era tudo uma loucura. Era isso, Alice havia enlouquecido.



Comecei a rir.



– Sua maluca. – falei – Está com tanto ciúmes do marido que surtou de vez. Olha Alice eu não quero nada com o Jasper pode ficar com ele todinho pra você. – falei.



– Acha que eu acredito nas suas palavras doces Isabella. Não acredito não. E tudo o que eu falei é verdade, é só juntar as peças meu bem, mas tem uma coisa que pode te fazer ter certeza do que eu digo. Você tem dupla nacionalidade. Americana e italiana, por isso fala tão bem italiano. Com a perda de memória não nos esquecemos de outra língua. Vamos lá, fale em italiano e então verá que o que eu digo é verdade. – ela estava pirada. Só podia.



– Eu não falo italiano. – disse convicta.



– Sua vadia mentirosa. Você só mente Isabella. Você não presta. – ela gritou quase me meu rosto.



Empurrei-a.



– Para de me insultar Alice.- avisei. Eu já estava de saco cheio das acusações e loucuras dessa mulher.



– Eu vou falar tudo para o Edward. Tudo. Que você não vale nada, que é uma puta que está fodendo com irmão dele não respeita nada e nem ninguém. – ela gritou.



Não. Ela não iria envolver Edward nesta sujeira. Minha mão foi certeira no rosto delicado dela. A marca vermelha se formou e furiosa gritei.



– Cagna maledetta, non capisci che non voglio il tuo marito, io ... * - parei subitamente.



O que eu havia dito? E que língua era está?



Então como um terremoto a compreensão tomou conta de mim. Eu havia falado em italiano, como a própria Alice havia dito que Isabella Cullen falava.



Engoli em seco e lagrimas começaram a rolar. Comecei a juntar as peças.



– Bella? Só pra você saber, minha esposa também gostava de ser chamada de Bella.- ele disse e se afastou entrando em seu volvo.



É claro, pois era apenas uma Bella.

~~~~~

–Estou com medo, e se sua família desconfiar?

–Eles não vão, confie em mim. Tome. – ele me entregou vários papéis em uma pasta.



Claro que não, pois todos sabiam que eu e a defunta éramos a mesma pessoa.

~~~~

– Edward parece tão feliz por que voltou. Fico feliz. – ela disse. – Todos nós ficamos felizes por que você voltou Bella. É claro que sabíamos que estava em Milão a trabalho, mas...

~~~~

–Como você está? Faz tanto tempo que não nos vemos, você...

–A Bree não exagera! Bella só ficou fora dois meses. –Rose a cortou.

~~~~

– Senti tanto sua falta minha irmã. – ele falou tão triste que meu coração se apertou.



Ele realmente sentiu falta da irmã. A irmã dele era eu.

~~~~

– Eu tive um sonho... muito estranho. Acho que estou impressionada. Por que não me falou que Emmett e Rose tiveram um filho? E que este filho morreu?

– Tommy estava sob minha responsabilidade e de Isabella quando morreu. – meus olhos cresceram com minha surpresa – Então, por favor, não toque mais neste assunto.



O sonho que tive não foi um sonho, foi uma lembrança.

~~~~

– Haviam me falado que você estava diferente, mas não imaginei que fosse tanto. – ele disse analisando-me. Engoli em seco. – Está muito melhor assim querida. Gosto desta nova Isabella. Os anos que passou fora lhe fez muito bem.



Anos. Sim. Foram anos. Três anos.



Meu peito ardeu com a confirmação.



Eu era Isabella Cullen.



Eu era a esposa de Edward.



Não havia defunta porcaria nenhuma.



– Ahhh! – gritei, a dor me rasgando por dentro.



– Eu disse. Viu não estava mentindo você é a esposa do Edward. E todos nós sabíamos disso. – Alice disse cravando o punhal ainda mais em meu coração.



– Chega Alice! Já não causou mal demais?! – Jasper falou, mas eu não consegui prestar atenção no que ele dizia. – Bella? Bella você está bem? – ele perguntou.



Então de repente Emmett entrou com uma cara assustada.



– Eu ouvi gritos. O que está acontecendo aqui? – perguntou e então olhou em meu rosto. Meu irmão. Ele era meu irmão de verdade. – Bella? O que houve?



– Ela já sabe Emmett. – Jasper disse – Já sabe de tudo.



Emmett me olhou.



As lágrimas me segavam, mas o ódio e a raiva misturadas com a magoa eram mais fortes que minhas lágrimas.



– É bugiardo, traditore!*- gritei.



A dor em meu peito era quase insuportável.



Emmett tentou se aproximar.



– Calmati cara. * – Emmett disse.



Vi Carlisle, Esme e Rose ali. Eu nem havia percebido que eles estavam ali. Todos sabiam. Todos eles sabiam de tudo.



– Ela está falando na língua que falava quando ficava irritada? – ouvi Carlisle perguntar sussurrando.



– Bella... – Rose tentou falar comigo, mas meu olhar a fez parar.



– Perché hanno fatto questo? Perché? *– choraminguei.



– Non ho mai voluto mentire, ho ... * – Emmett disse.



– Non mi merito questo! *- falei sentindo minha mente nublar.



Então o rosto daquele que meu coração pertencia apareceu em meus pensamentos. Ele sabia. Ele sempre soube. Ele me enganou.



Olhei para a família que aprendi a gostar.



– Voi siete tutti traditori. Tutti. *



Então a escuridão tomou conta de mim.



***



Eu estava em uma espécie de sonho sem rostos. Sentia meu corpo exausto. A escuridão queria me dominar. Eu queria sair dela, mas não conseguia. Forcei-me a abrir os olhos.



Eu estava deitada em uma cama. Era o quarto. Meu quarto. Ao me sentar vi Edward sentado na poltrona ao lado.



Meus olhos se prenderam aos dele.



Continua...



*1( Maldita! Não percebe que não quero seu marido, eu...)



*2 (Seu mentiroso, traidor)



*3( Calma Querida)



*4(Por que fizeram isso? Por quê?)



*5(Eu nunca quis mentir, eu...)



*6(Eu não merecia isso!)



*7(Vocês são todos traidores. Todos.)




Capítulo 14




PDV de Bella



Por alguns instantes eu o ignorei fingindo não tê-lo escutado, buscando forças dentro de mim que eu nem se quer sabia se existiam ou não para enfrentá-lo sem fraquejar diante do enorme amor que nutro por ele.



–Bella meu amor. – ele voltou a repetir me chamando e dessa vez eu não podia mais ficar quieta, então me sentei na cama e nem sei como o encarei fixamente.



–Não me chame assim, nunca mais! Você não tem esse direito. - eu disse em um tom de frieza que assustou até a mim mesma.



–Bella, por favor, não fale assim, me deixe explicar. – ele pediu com os olhos suplicantes.



–Para quê? Para que você me diga mais mentiras? Para que você tente enganar a tonta aqui outra vez?- questionei desdenhosa.



–Eu não menti por querer, foi para o seu bem. – Edward falou quase como se estivesse em desespero.



–Imagina quando for para o meu mal! O que vai fazer? Me matar?- nem mesmo o ácido ou uma bala teria sido tão potente quanto minhas palavras foram sobre Edward.



Seu olhar era uma mistura de dor e magoa.



–Me acha tão monstruoso assim?- ele questionou quase como se não tivesse forças para pronunciar as palavras.



–Eu não sei. Eu achei que conhecia você, mas já vi que me enganei. –murmurei, saindo da cama.



–Como pode me julgar se nem mesmo saber por quê?- eu pude escutar a pura dor em sua voz, mas a essa altura das coisas isso não me importou.



–Tem razão, eu não sei, então diga-me: por que mentiu tanto? Por que foi tão hipócrita ao ponto de mentir tão descaradamente?



Eu o encarava sem de fato fazer isso, pois em minha mente pulsavam milhares de possibilidades.



–Bella... –Edward começou, mas eu não fui capaz de prestar atenção ao que ele dizia, pois uma lembrança veio forte em minha mente.



“Olha Bella não sei o que está acontecendo com você, só sei que antes de viajar você me disse que estava tendo um caso com seu cunhado, e que não via à hora de se livrar de Edward e ficar com ele. Até achei que esta sua viagem fosse pra isso, mas aí vocês voltaram e ainda estão juntos e não estou entendendo mais nada”. Bree havia me dito. E se eu realmente traísse Edward com o irmão dele antes de perder a memória? E se ele houvesse descoberto? E se meu marido me escondeu isso só para se vingar de mim? Marido... e pensar que me referir a ele assim antes me parecia errado quando, na verdade erra o mais correto.



Estes pensamentos me deixaram assustada e o medo de que eles sejam a pura realidade quase me devorou. Deus que eu não tenha sido uma devassa! Pedi, pois eu sinceramente não tenho coragem para enfrentá-lo e perguntar, não agora. Mas mesmo que fosse Edward, e todos os outros não tinham o direito de brincar com a minha vida assim!



–O que você está fazendo?- ele perguntou quando fui em direção ao closet e comecei a pegar alguns pertences de lá.



–Não é óbvio?- perguntei desta vez sem emoção alguma na voz.



–Você não pode ir embora!- Edward disse quase como se fosse uma ordem, ou talvez, fosse a apenas seu desespero no momento falando por ele.



–E por que não?- o enfrentei.



–Você é minha esposa! Eu te amo, nós nos amamos. - respondeu.



–É mesmo? Pois, isso já não quer dizer nada para mim! Quem te garante que eu não menti para você ao dizer que te amava? -quando soltei as palavras sem pensar muito no que dizia, pois eu só queria magoá-lo como eu fiquei magoada Edward recuou alguns passos instantaneamente, ficando sem reação.



Eu nunca vi tanta dor em seu olhar como nesse instante, ou pelo menos não me recordo de já ter visto e fiquei tão entorpecida com tudo o que se passou que nem mesmo liguei e lhe dei as costas sem nunca olhar para trás.

Já no meio do corredor o escutei me chamar quando ele finalmente pareceu acordar para a realidade, mas, ao invés de voltar eu quase corri e desci as escadas de dois em dois degraus e com tanta presa que acabei tropeçando no penúltimo degrau e quase fui ao chão. Peguei a primeira chave de automóvel que vi na mesa de centro da sala e saí, só para chegar à garagem e descobrir que havia pegado a chave do Aston Martin Vanquish de Edward, carro que segundo o próprio era seu preferido.



–Excelente, assim eu posso sair por ai e descarregar minha raiva de você de algum modo, talvez eu resolva bater no primeiro poste que apareça na minha frente com seu carro. – murmurei comigo mesma antes de abrir a porta traseira, atirar minha mala, entrar no lado do motorista e meter o pé no acelerador.



Eu dirigi o mais rápido que pude, correndo a mais de 200 km por hora sem saber direito para onde ir, me sentindo totalmente desorientada.



Eu estava irritada por ter sido tão enganada, mas muito mais do que isso eu estava magoada, totalmente destroçada por dentro. Perder a confiança naquele que se ama e descobrir que toda sua vida na realidade é um castelo de areia não é fácil, não é algo que você possa administrar como queira.



Quando vi eu já estava na estrada a caminho do aeroporto, inconscientemente querendo voltar para Nova Iorque, mas parei ao notar que estava sendo seguida.



– Maledetto stupido!* - grunhi em italiano, língua que não sei explicar como me parece agora tão fácil de falar, se até algumas horas eu nem mesmo sabia que falava, mas que irritada agora fluía tão naturalmente de mim.



Sem muita escolha parei no acostamento da estrada e abri a porta do carro para sair batendo a porta com força ao fechar.



–Eu sei que você está furiosa agora e que provavelmente quer a cabeça de todos nós, mas, por favor, me escuta. – Emmett pediu saindo de seu carro ao parar também e se aproximar de mim.



–Por que razão eu te ouviria? Você é igual a todos naquela casa! Me traiu quando deveria ser quem mais deveria me apoiar!- o acusei outra vez.



–Eu sei disso Bella, eu...



–Foi porque eu matei seu filho, não é? Eu arruinei sua vida, você deve me odiar por isso. – falei.



Os olhos de Emmett se arregalaram e de repente ele me agarrou pelos braços e me sacudiu.



–Você não tem culpa pela morte de Tommy! Eu nunca te culpei por isso. Como poderia se sempre cuidou de mim? Protegeu-me como uma leoa e sei que amou meu filho tanto quanto eu. Acredite Bella, eu daria tudo para estar no seu lugar e ter perdido a memória, daria tudo para esquecer tudo de ruim que aconteceu. – havia tanta dor e verdade em seu olhar que eu não pude duvidar de suas palavras, além do mais, alguma estranha ligação entre gêmeos me fazia sentir tudo o que ele sentia e agora talvez eu possa entender porque muitas vezes me senti angustiada nesses três anos quando não havia explicação para tal sentimento. – Não encare esta sua perda de memória como uma desgraça e sim como uma chance de recomeçar.



Não sabia se agora sabendo de “toda” a verdade seria tão fácil recomeçar.



– Nem tudo é como imagina Bella. Edward... – só em ouvir o nome dele meu coração sangrava.



– Não ouse defendê-lo. – falei.



– Não vou defendê-lo. Eu sempre fui contra. Não achei que esta fosse a solução para os problemas, mas ele tomou essa atitude com a melhor intenção. Disse eu tenho certeza.



– É tudo papo furado. Tudo mentira. – falei segurando as lágrimas que eu queria deixar seguir livremente pelo meu rosto.



– Bella... nem tudo é mentira... quanto a saúde de Esme por exemplo isto não é mentira. Ela tem sim um grave problema no coração e a ama como uma filha. Ela nos dizia quando você estava ausente que não queria morrer sem antes abraçá-la. Sem antes rever-lhe.



Meu coração se apertou. Não havia duvida do quanto Esme gostava da defunta, no caso eu.



– Olha só. Espaireça um pouco. Pense em tudo. Se afastar da mansão como quer fazer você nunca saberá de tudo, não é o que mais quer no momento? Juntar as peças que faltam em sua memória? – ele perguntou.



Emmett se despediu de mim e eu segui em frente, agora num ritmo normal, até uma praça. Não sei por que e nem como eu conhecia este caminho. Devia ser mais alguma lembrança assim como a língua italiana.



Sentei em um banco e fiquei admirando a natureza até que a dor em meu coração foi demasiado e eu chorei. Chorei tudo o que pude e o que não pude.



Senti uma sombra perto de mim e encarei quem estava próximo a mim. Era só o que me faltava mesmo, pensei.



– O que quer Bree?- Perguntei sem humor.



Minha prima me olhou e sentou-se ao meu lado.



– Sempre que ficava triste você vinha até esta praça. Lembra-se? – ela falou e depois deu um riso. – É claro que não. Não pode se lembrar, não é Bella?



Todos sabiam, até mesmo ela. O quanto estúpida eu devo ter sido.



– Todos sabiam... – murmurei.



– Sim. Todos nós sabíamos. Edward... proibiu... não queria que nenhum de nós falássemos nada. Eu achei isto um absurdo. Já não bastou ele esconde-la por 3 anos?- perguntou a si mesma.



– Ninguém sabia onde eu estava? – perguntei surpresa.



– Não. Somente o Edward. – ela respondeu.



Por que ele fizera isto? Era o que minha mente se perguntava.



– Bella...



– Você falou comigo aquele dia na biblioteca... disse que eu tinha um caso com o Jasper. – falei.



– Só falei o que eu sei. Nós éramos amigas Bella... tá você tinha um pouco de ciúme de mim com o Edward, pois eu nunca neguei que ele meche comigo, mas sempre nos falamos e você me disse aquilo. Que estava como Jasper e que iria se separar de Edward.



Seria verdade ou mais mentiras? Droga! Eu estava tão confusa.



– E eu preciso terminar de te contar o que realmente aconteceu. – ela suspirou como se aquilo fosse difícil de dizer. – Bom eu não posso ter certeza, mas acho que o Edward a estava punindo te deixando no limbo sabe como é?



– Não estou entendendo nada Bree.



– Ele descobriu sua relação com Jasper, ai vocês foram a Milão com o filho do seu irmão e lá ocorreu tudo e depois ele voltou só e...



– Espera. Está querendo dizer que o Edward pode ter algo a ver com o meu acidente?- meus olhos estavam arregalados. Minha respiração presa.



– Não! Claro que não, mas que ficou meio cômodo ficou... e ai... depois...



– O que tem? Fale logo.- falei impaciente.



– Neste tempo que você ficou fora... Eu e o Edward nos envolvemos.



Como é?



– Eu sou apaixonada por ele, Bella. – ela revelou.



– Bree, pois se éramos amigas já não somos mais. Fique longe do meu marido. –grunhi.



O alerta foi claro. Edward é meu!



Continua...
Maldito estúpido*

Meu Querido Presidente!: Capítulo 12



PDV de Bella



-Irina por acaso eu sou transparente?-perguntei a secretária do meu pai.



-Não senhorita Swan. –ela respondeu e me olhou como se eu fosse um ET de duas cabeças.



Qual é a pergunta foi simples!



-Então você pode me explicar porque eu estou aqui esperando meu pai a mais de duas horas? –coloquei minhas mãos em cima da mesa e sorri cinicamente.



-Eu já disse a senhorita ele está em uma reunião. –ahã... Sei, e eu sou o coelhinho da páscoa.



-Irina, eu conheço meu pai como a palma da minha mão para saber que ele está me enrolando! Então pegue esse seu lindo telefone e trate de dizer a ele que se ele não me atender agora mesmo eu vou embora e ele só vai me encontrar na outra vida em Marte. Fui clara?-eu disse calmamente.



-Cristalina. –ela respondeu ainda me olhando como se eu fosse uma louca.



-Que bom bonitinha. O que está esperando para ligar?



-É eu vou ligar. Senhor Swan... Eu sei senhor, mas sua filha... Eu disse, mas... Senhor me escute, ela...



-Olá papys, eu sei que o senhor é um homem ocupado, mas eu também sou uma mulher ocupada e falo sério quando digo que se não me atender agora eu vou me mandar e para me encontrar outra vez terá de fazer milagre querido pai. –eu disse colocando no viva-voz.



Irritada? Imagina.



-Isabella, eu sou seu pai. –ele disse em seu habitual tom irritado.



-Sei disso, o senhor que vive esquecendo desse fato, não?



-Irina não deixe que ninguém nos interrompa. Entre Isabella. –meu pai ordenou do outro lado.



-É tão difícil esperar até que eu possa falar com você? –Charlie cuspiu assim que passei pela porta de sua sala.



-Eu até posso ir embora, mas dentro de três semanas eu estarei me casando e já não terei tempo nem mesmo para me coça. –respondi de forma despreocupada.



-Isso é o que você pensa que vai fazer, eu não aceito esse casamento. –ele rugiu.



-Bom, é uma pena, isso não mudará minha decisão. –dei de ombros.



-Você perdeu a noção do juízo menina? Tem ideia do que um casamento seu com Edward Cullen representa?-Charlie se pós de pé atrás de sua mesa.



-Sei, amor. –cruzei minhas penas, sentando em uma das cadeiras em frente a sua mesa.



-Nunca ouvi tamanha sandice!-meu pai exclamou colérico.



-O senhor e eu temos conceitos bem diferentes sobre “sandice”.



-Você será capaz de virar inimiga do meu pai, de seu próprio avô ao se casar com o Cullen?!



-Eu não serei inimiga de ninguém. –fiquei de pé como meu pai ficou.



-Não seja cínica! Você será a primeira dama desse país, inevitável mente baterá de frente com seu avô.



-Eu baterei de frente sim se preciso for, mas não com meu avô e sim com o senador Burke Swan.



-Como pode ser capaz? Seu avô jamais te perdoará.



-Eu posso conviver com isso, mas jamais poderia conviver comigo mesma sabendo que deixei Burke cometer uma injustiça tão grande, pois não é justo que ele ataque o presidente só por seu estado civil!



-Você sabe muito bem que não é só por isso. –Charlie se exaltou.



-Tem razão o senador não consegue aceitar que alguém mais jovem e de caráter inolvidável assumiu a presidência ao invés dele. –eu o respondi da mesma maneira sem consegue me conter.



-Não espere que eu a leve até o altar.



-Eu posso muito bem entrar sozinha, afinal você sempre foi ausente mesmo. Por que agora seria diferente?-perguntei tristemente.



-Não me comove com esse seu discurso barato. –ele disse, mas sua expressão vacilou.



-Não estou tentando fazer isso, pois diferente de você mamãe sempre me ensinou a ser forte e exatamente o que vou fazer, entrarei naquela igreja com ou sem você.



-Você ainda irá se arrepender Isabella.



-Pode ser, mas eu também posso ser muito feliz papai, era só isso o que tinha para me dizer? Porque se era eu tenho mais o que fazer e antes que eu me esqueça... Se quiser falar comigo não espere que eu venha até aqui porque eu não venho. –eu disse antes de abrir a porta.



Eu sai da empresa como um furacão e entrei em meu carro como um raio.



Comecei a dirigir pelas ruas em alta velocidade, precisava descontar minha raiva em algo, mas parei lembrando que sofrer um acidente não me ajudaria em nada.



Eu me fingir de forte, no entanto me doeu muito saber como meu pai enxerga meu casamento, porém me dobrar a vontade de meu avô e meu pai não é algo que vá acontecer.



Meu celular tocou, mas eu o ignorei. Eu não conseguiria falar com alguém no momento sem desabar.



Quando entrei na garagem de meu prédio haviam duas ligações de Burke, uma de Rose e cinco de Edward.



-Olá meu amor, você deve está em alguma reunião agora, depois nos falamos então, mas bom... eu estou bem, não se preocupe. Amo você. –eu disse quando o celular dele caiu na caixa postal.



Peguei o elevador e dei de cara com minha mãe quando abri a porta do meu apartamento. Eu dei a chave a ela quando comprei o lugar.



-Desculpe vir sem avisar, mas eu achei que você precisaria de mim quando falei com seu pai mais cedo. - Eu não disse nada, apenas abracei e deixei as lágrimas rolarem. Tudo o que eu precisava era um pouco de colo de mãe. –Calma querida, eu estou aqui meu anjo. A mamãe não vai deixa você filha.



-Por que é tão difícil eles ficarem felizes por mim? Por que meu pai e meu avô não podem entender que eu não dou a mínima para essa política?-eu só queria respostas.



-Eu não sei meu bem, mas tudo vai melhorar. Um dia eles terão de entender. Eu estou com você, vou apoiá-la em tudo o que você precisar.



-Não quero que destrua seu casamento por minha causa. –eu disse deitando em seu colo.



-Você é minha filha, você está em primeiro lugar. Com seu pai eu me entendo depois. –minha mãe disse carinhosamente.



Renée sempre foi tão diferente de Charlie.



Para muitos ela é apenas mais uma socialite entre tantas, mas na verdade ela usar seu tempo livre em ONGs não governamentais ajudando crianças e adultos que precisam de ajuda.



Minha mãe foi paciente comigo esperando eu me acalmar e ninguém melhor que ela para levantar meu astral.



-Agora chegar de tristeza, me diz... Você já caiu nos brancos daquele gato do seu noivo, certo?-ela perguntou curiosa, me fazendo ficar vermelha.



-Mãe!-eu exclamei constrangida.



-O quê? Ele é gato mesmo.



-Você é minha mãe. –eu disse.



-E daí? Eu estou ficando velha não cega.



-Não vou falar disso com você.



-Então ele é tão gostoso quanto parece?



-Sim. –responde percebendo tarde demais o que fiz.



-Ah, me conta como foi?



-Mãe, por favor...



-Qual o problema? Pensei que eu fosse sua melhor amiga.



-E é, mas isso é constrangedor. –eu falei sentido meu rosto esquentar.



-Qual é!-ela revirou os olhos. –Eu troquei suas fraudas.



-Não está ajudando.



-O que custa me contar um pouco? Eu não quero todos os detalhes sórdidos. Foi bom?



-Maravilhoso, Edward é incrível! Eu senti que ele estava se segurando, ele não deu tudo de si realmente tentando fazer do momento algo especial, sabe?



-Ai que fofo da parte dele, mas querida você sempre pode provocá-lo e fazer com que seu Edward se solte por completo. –mamãe piscou para mim.



-Como?



-Vamos às compras já!



[***]



Mamãe me fez passar em todos os sex shops possíveis, não que ela seja uma louca por compras, mas porque queria me anima.



Eu estava em provador quando meu celular tocou.



-Alô. –eu não olhei quem era.



-Como você está?-era Edward.



-Oi amor, estou bem sim.



-Mas não foi o que pareceu na mensagem que você me deixou mais cedo, sua voz estava estranha. –ele observou.



-Eu sei, é que eu estava irritada com meu pai, mas já estou bem.



-Você sabe que é uma péssima mentirosa, certo?



-Deve ser por isso que quando tento mentir e me olho no espelho meu nariz cresce como o do Pinóquio. –brinquei.



-Não vai me falar mesmo, não é?



-Não agora, não é um bom momento. –respondi.



-Por quê?



-Eu estou dentro de um provador apenas de lingerie e sinta-liga vermelha.



A respiração de Edward por um instante ficou suspensa até que ele falou.



-Bella isso não se faz com um homem que vai ter que passar o dia trabalhando. –eu ri.



-Tenho de ir, minha mãe está me chamando.



-Sua mãe?



-Ela sabe levantar o astral de alguém como ninguém.



-Ok, mande um beijo a minha sogra por mim então. Amo você.



-Eu também. –respondi antes de desligar.



[***]



Minha mãe e eu paramos em um restaurante antes de irmos para casa e eu aproveitei para falar a ela sobre Maria.



-Não deixe que essa mulher controle seu noivo filha ou seu casamento será um fiasco. –mamãe disse quando terminei.



-Sei disso.



-E o que pretende fazer?



-Ainda não sei, mas quando chegar a hora saberei.



-Como Edward pode ser tão cego?



-Edward não tem culpa, na frente dele ela parece um anjo. Alice a verdadeira irmã de Edward é quem mais sofre, mas não por muito mais tempo.



-Certo. E falta muito para organizar seu casamento?-ela mudou de assunto.



-Não, na verdade é o casamento de Mike que está me enlouquecendo. –fiz uma careta.



-E quando será mesmo o casamento?-rolei os olhos.



Ela recebeu o convite, mas sempre teve uma memória péssima para datas.



-Em uma semana.



-Não acredito que um jovem tão bom como ele vá casar com alguém como Jessica.



-Nem eu. –não mesmo!-Acho que Edward também não gostou dela. –comentei.



-Por que diz isso?



-Ele estava estranho durante o jantar, parecia desconfortável.



-Vai vê é ciúmes, Mike vive grudado em você e no jantar não deve ter sido diferente.



-Edward sabe que ele é meu amigo. –rebati.



-Mas não deixa de ser homem. –eu não discute, no entanto algo me diz que não foi isso. Eu só ainda não sei o que foi, mas vou saber.



-Mas o que ainda falta em seu casamento querida?



-Nada. –fingi grande interesse em meu prato.



-Bella sou sua mãe, não minta.



-Não é nada importante. –murmurei.



-Se você está assim é claro que é. Fale. –ela ordenou.



Ela não iria descansar até eu abrir a boca.



PDV de Renée



Agora Charlie tinha ido longe demais, uma coisa era ele fazer as vontades do pai outra bem diferente era ele deixa nossa menina triste por não ter opinião própria.



Durante nosso casamento Burke sempre fez o que quis do meu marido, mas agora era hora de eu dizer certas verdades a Charlie.



-Quando você vai colocar na cabeça que nossa filha não tem nada a ver com esse jogo político do seu pai?!-perguntei exasperada caminhado de um lado a outro em nosso quarto.



-Se não tivesse ela não estaria se casando com o Cullen!



-Ela está se casando com Edward porque o ama, ele é um bom homem, faz nossa filha feliz. O que mais você quer?



-Não apoiarei esse disparate, não ficarei contra meu pai.



-Burke, Brke, Burke... Ele está sempre se metendo onde não deve, mas com minha filha não, eu não vou permite! Aja como pai Charlie e não como um pau mandado uma vez na vida. –apontei o dedo para meu marido.



-Não vou permite que você fale assim comigo!-ele gritou.



-Por quê? Por que é a verdade? Será que não ver que se negando a levar sua filha ao altar quem perde é você?-indaguei. –Acorde Charlie antes que seja tarde demais, Bella não vai perdoá-lo a vida inteira e esse tempo todo você tem sido ausente.



-Isso não é verdade. –pude escutar a insegurança em sua voz.



-Ah não? Quando foi a última vez que você conversou com nossa filha sem lhe cobrar nada? Quando você simplesmente foi o pai dela?-ele abaixou a cabeça.



-Não sei.



-Se continuar agindo como um covarde você me perderá para sempre.





Continua...