PDV de Bella
A boca macia de Edward tocou a minha com suavidade, sua língua tocou meus lábios pedindo passagem e atordoada com tanta proximidade e atração física eu cede.
Ele explorou cada canto de minha boca com maestria, com um conhecimento e delicadeza impressionantes. Suas mãos grandes e macias deslizaram por minhas costas em uma pegada forte ao parar em minha cintura.
Enquanto eu também explorava sua boca deslizei uma de minhas mãos em seu pescoço e a outra até seus cabelos sedosos e o beijo que começou suave foi se transformando em algo luxuriante, cheio de desejo ao ponto de nos colamos mais ainda ao outra, mas felizmente antes que isso pudesse tomar proporções desastrosas eu acordei para a realidade, a bofetada que lhe dei foi sonora, com certeza doeu, a palma de minha mão chegou a arder.
-Ficou louco? Você é noivo da minha irmã, seu desgraçado!-grunhi exasperada.
-A quem você pensa que engana Isabella? É óbvio que gostou, se não tivesse gostado não teria correspondido. –ele me respondeu na maior cara dura massageando o rosto avermelhado pelo tapa que dei.
-Você não passa de um cretino filho da put* Cullen!
-Pare Isabella!-Edward me advertiu em um tom sombrio, mas isso não me amedrontou.
-Por que se exatamente isso o que você é? Um cretino filho da pu...
-Ofenda minha mãe outra vez e vou colocá-la sobre os meus joelhos e esquentarei esse seu belo traseiro até que aprenda.
Abri minha boca em completa descrença e eu iria rebater, mas depois decidi que simplesmente não valia a pena.
-Não vou me dignar a responder a tal desaforo. –murmurei saindo de cabeça erguida da biblioteca.
Quando estava a uma distância segura para não esganar o infeliz do Cullen, eu parei e respirei fundo contando até dez para me acalmar, mas quase tive um infarto ao ouvir a voz de ninguém menos que Rosalie.
-Nossa maninha, o que há? Está vermelha como um pimentão, aposto que Edward irritou você.
-Ele não tem nada a ver com isso Rose. –eu disse abrindo os olhos.
Merda! Por que eu menti?
-Então por que está assim?-ela indagou com um leve sorriso no rosto.
-Eu preciso ir até o jardim. –murmurei ignorando sua pergunta.
O que eu poderia responder sem contar que fui uma cachorra sucumbindo ao seu noivo?
[***]
Eu praticamente não dormi, o tal noivado acabou tarde e a culpa ficou me corroendo a noite toda.
Droga. Eu devo está parecendo um zumbi hoje, desci as escadas sonolenta, mas pronta para ir para a empresa indo para a cozinha.
-Bom dia família. –saudei aos meus pais e a Rose que já estavam tomando café.
-Bom dia Bells. –minha irmã disse parecendo tão cansada quanto eu.
-Bom dia filha. –minha irmã disse.
-Será que você pode me explicar que raios é isso?
No inicio não entendi a forma brusca com que meu pai falou, mas bastou ler a página em que o jornal que ele me entregou estava aberto.
-Mas agora o que me faltava meu nome estampando em páginas sócias por causa desse Cullen!-exclamei indignada.
A manchete dizia:
“Filha de caçula de Charlie Swan fuzila cunhado durante festa de noivado”
Típico de jornalistas de quinta categoria.
-E por acaso é alguma mentira? Você passou a noite fuzilando o pobre homem com o olhar.
-Pobre homem? Papai o senhor não pode está falando sério.
-Bella querida, dê a Edward uma chance e verá que ele é um rapaz agradável.
-Papai o senhor pode tentar me convencer de tudo menos de que aquela criatura é agradável, eu nunca vi ser tão desprezível quanto ele.
-Bella controle seus arranques de fúria, Edward Cullen agora goste você ou não é o noivo de sua irmã e merece o mínimo de respeito vindo da sua parte. –eu fechei os olhos respirando fundo para não explodir com meu pai e acaba gritando com ele.
Meu pai e eu nunca tivemos esse tipo de relação explosiva, mas desde que Edward Cullen apareceu parece que não fazemos outra coisa a não ser discuti.
-Eu farei isso papai no dia em que esse... canalha de uma figa merecer.
-Bella!-meu pai exclamou chocado.
-Não sei por que tem tanta raiva de mim Isabella. –uma voz vinda as minhas costas me arrepiou cada poro de meu corpo. Isso não pode ser sério.
-O que faz em minha casa a essa hora seu cretino. –eu grunhi antes mesmo de me vira em sua direção.
-Essa também é a casa de minha noiva, senhorita. –ele me respondeu com indiferença.
-Mas eu não sou obrigada a ficar agüentando sua presença desagradável logo pela manhã. –rugir apontando o dedo indicador em sua direção.
-Isabella controle-se!-meu pai ordenou, mas eu não lhe dei ouvidos.
-Filha, eu pedi para que Edward dormisse aqui, tudo acabou tão tarde, fiquei com medo que algo acontecesse a ele querida.
Muito obrigada mamãe. Pensei com ironia.
-Seria ótimo se um carro passasse por cima desse infeliz. –murmurei com frieza.
-Qual o seu problema comigo Isabella? Por que me odeia tanto? Eu nunca lhe fiz nada. –Edward estava imponente com as mãos na cintura mesmo usando o terno de ontem.
-O simples fato de você existe já é mais do que o suficiente senhor Cullen, agora me deem licença porque perdi a fome.
Nem mesmo um raio seria tão rápido quanto eu ao sair da cozinha. Edward Cullen irá se arrepender para o resto da vida se machucar minha irmã, disso ele pode ter certeza.
Durante algum tempo fiquei no jardim tentando acalma meus nervos antes de ir trabalhar, hoje o dia será duro.
A natureza sempre foi algo que me acalmou, mas como não estava funcionando pouco tempo depois fui para o meu quarto só não esperava tamanha surpresa desagradável.
-O que faz em meu quarto?
-Ninguém me deixa falando sozinho, Isabella!
-É mesmo? Que pena acho que foi exatamente o que fiz agora a pouco. Saia já do meu quarto seu cretino!-apontei para a porta espumando de raiva.
-Cretino?-ele arqueou as sobrancelhas em descrença.
-Saia senhor Cullen. –ordenei fechando meus olhos, eu não podia olhá-lo ou acabaria me perdendo naqueles fascinantes olhos verdes.
-Nós precisamos conversar Isabella.
-Nós não temos nada para conversar, já imaginou se te pegam aqui? O que acha que vão pensar? Você é noivo da minha irmã.
-Não vão pensar nada, afinal somos apenas dois cunhados conversando. –ele sorriu com deboche.
-Não seja cínico!-grunhi.
-Não seja você cínica. –seus fascinantes olhos faiscaram com uma emoção que não fui capaz de identificar. –Eu sei muito bem que tipo de mulher você é!
-Ah não diga, e qual é o meu tipo Cullen.
-Mimada, fútil, egoísta, egocêntrica, filhinha de papai que não pesa duas vezes antes de se jogar nos braços do primeiro que aparece.
Mas quem ele pensa que é para falar assim de mim?
-Está descrevendo a mim ou a si mesmo Cullen? Escuta bem o que eu vou dizer seu filho da mãe! Se magoar minha irmã irá se arrepender para o resto da sua vida. –disse avançando em sua direção.
-Isso é uma ameaça Isabella?-Edward me fitou intensamente, e olhando em seus olhos por um instante quase me esqueci das nossas desavenças.
-Ameaças são para fracos Cullen, é uma promessa mesmo.
O que veio a segui me pegou de surpresa.
Edward me prendeu entre seus braços e a porta de meu quarto e atacou minha boca me beijando ao mesmo tempo com selvageria e suavidade.
Eu tentei lutar contra ele, pois minha mente gritava que isso é completamente errado, que ele é noivo da minha irmã, mas meu desejo e fascínio por Edward falou mais alto e acabei cedendo a ele com nossas línguas travando uma batalha sôfrega e intensa.
Edward me atraiu cada vez mais para me prendendo sem escapatória com sua pegada firme em minha cintura, minhas mãos deslizaram para seu peito másculo onde cravei minhas unhas da mesma forma firme que ele me segurava então me dei conta do que estava fazendo.
-Não!-exclamei tentando empurrá-lo ainda muito próxima aos seus lábios. –Isso é completamente errado.
-Sim é. –ele concordou me prendendo com magnetismo de seu olhar. –Isso foi apenas um aviso Isabella, o jogo da sedução é sempre para dois, nele você pode queimar, mas também pode se queimar, então pare agora enquanto ainda há tempo ou eu posso querer queimá-la.
Quase no mesmo instante Edward me largou e saiu do quarto e em excesso de raiva atirei o vaso de flores que estava sobre a mesinha de cabeceira na parede exatamente como quis fazer com Edward Cullen no momento em que entrei em meu quarto.
Quando estava mais calma, mas não menos irritada sai para a empresa e como definitivamente precisava manter a calma para não matar um emendei uma reunião na outra sem me importa em parar para comer e depois adiantei alguns relatórios, além de assinar diversos papais diferentes e de grande importância para a Swan Grup.
-Entre. –murmurei quando bateram na porta de minha sala.
-Posso falar com você?-minha irmã perguntou.
-Claro Rose, sente-se. Do que se trata?-questionei.
-Edward. –ela fez uma careta.
-Ah não Rose, se for sobre a briga de mais cedo me desculpe, mas aquele homem é simplesmente intragável!-Rose riu. –O quê?
-Tem certeza que é isso mesmo Bella?
-É claro que eu tenho Rose, aonde você quer chegar com tudo isso?-indaguei perdida com sua atitude.
-Essa raiva toda não é tesão reprimido?-meu queixo caiu.
-Você pirou Rosalie? De onde tirou uma ideia estapafúrdia dessas?-trinquei o maxilar irritada com sua pergunta idiota.
-Ok, desculpe. Eu não quis ofendê-la.
-Esqueci Rose, eu é que estou estressada demais hoje.
-Bella você realmente abomina tanto um casamento arranjado?
Estranhei sua pergunta. Rose sempre soube perfeitamente minha opinião a esse respeito.
-Você sabe que sim.
-Então em hipótese alguma aceitaria se casar desta forma?-ela se remexeu nervosa na cadeira, enquanto eu pensava sobre o que responder.
-Nunca se sabe Rose. Eu preciso ir até o departamento de criação agora amor.
-É essa sua resposta definitiva?
-Rose faça o que tem de ser feito, eu amo você.
Eu disse antes de sair sabendo que ela entenderia o que eu quis dizer.
PDV de Edward
Tempos depois...
Isabella Swan criaturinha intragável, mulher de fibra. Nunca conheci alguém tão topetuda quanto ela, nunca ninguém além de meus pais foi capaz de me enfrentar como ela já tinha feito não uma, mas três vezes e era sobre isso que eu conversava agora ao telefone com Emmett.
-Cara, eu já sou fã dessa Bella.
-Emmett o nome dela é Isabella. -grunhi.
-Mas aposto que ela não gosta que a chamem assim.
-É, a irmã dela disse que não.
Eu nem sei porque decidi falar com meu irmão sobre ela, jamais comento sobre minha vida com ninguém e agora eu estava contado a ele o quanto ela me irrita, me tira do sério.
-O que vai fazer a respeito?
-Não sei Emmett, mas e você ainda está com os monges?-mudei de assunto.
-Não me lembre disso meu irmão, eu nunca mais volto naquele lugar!-Emmett disse em tom de desespero.
-Emmett o que você aprontou agora?
-Eu nada, não tenho culpa se aqueles malucos queriam que o Emmett Junior deixasse de funcionar.-Emmett falou em tom ofendido.
-O quê?!-meu irmão sempre foi uma figura.
-É sério Edward, eles queriam que eu raspasse meu cabelo e ainda fizesse voto de castidade, o que é loucura óbvio. Como posso eu deixar as gostosas do mundo órfãs do Emmett Junior?-dessa eu tive que rir.
-Ok Emmett, informação demais. Quando você volta?
-Eu não sei mano, dá um beijo nos velhos por mim, eu já vou que ligação internacional custa o olho da cara.
-Certo Emmett, até.
Eu bem que tentei trabalhar, mas Isabella Swan não saia de minha cabeça. Praga de mulher, além de exuberante tinha que ser tão diferente das outras e não desgrudar dos meus pensamentos?
Mas ela não vai ficar por muito mais tempo em meus pensamentos, isso tudo é apenas tesão, nada mais, mas Katy em breve dará um jeito nisso.
Encontre-me no lugar de sempre.
Enviei uma mensagem rápida para ela, hoje será minha despedida de solteiro, hoje meus pensamentos ficaram livres de Isabella Swan.
Continua...