Entre a Justiça e a Impunidade: Ligação

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Bella acordou com um braço forte lhe envolvendo, sorriu e se aconchegou mais no abraço gostoso e protetor, sentiu que ganhara um beijo na cabeça. Sorriu feito uma besta, mas quando olhou para relógio em cima do móvel ao lado da cama deu um pulo de susto.



-Oh merda, merda, merda, merda!!!- Ela chiou, se separando dele com muito esforço e catou suas roupas pelo apartamento.



Ao voltar para quarto e o encontrou sentado na cama de cara feia.



-O que foi? Por que correu da cama.




-Tenho trabalho e... outras coisas.





-Espero que não seja namorado. - ele rosnou as palavras e ela sorriu.



Se ele soubesse. Bella pensou.



-Não tenho namorado há cinco anos.





-Bom saber. -Edward se aconchegou aos travesseiros e ficou olhando-a procurar alguma coisa. -Falte. – ele atirou pra ela.





-O quê?





-Ao trabalho.





-Você vai faltar ao seu? Esquece, eu nem sei onde e no que você trabalha, o que eu sei é que estou super atrasada, Ah meu Deus tenho que passar em casa e dar satisfações e...





Ela estava divagando e Edward ficou pensando se ela sempre seria assim, se sempre fazia isso quando estava nervosa ou preocupada com algo.





Ele sorriu.





-Não ria! Me ajude a encontrar minha calcinha e...





Ele a pegou com o dedo indicador e estendeu para ela, mas quando Bella foi recuperá-la ele a fez cair na cama com ele em cima.



-Quando te vejo novamente?





-Nunca.





-Resposta errada neném. Vamos de novo. – ele lhe beijou o pescoço e sussurrando em seu ouvido. - Quando te vejo de novo?





-Olha Edward hã... como eu posso dizer isso sem parecer rude?. Foi só uma transa, uma noite. Fim, finite. Tudo bem?





-Cara! Mulher você quebrou meu coração. – ele falou com um semblante sofrido e em seguida sorriu de lado.





-Não faça isso ou nenhum dos dois sai hoje da cama. – Bella protestou e se soltou, mas Edward a agarrou novamente.





-Não fazer o quê?





-Sorrir assim, sabe, como quem está querendo me... comer.





-Esse é o ponto. Eu quero te comer.





-Não vai rolar.





-Não agora, eu sei.





-Nem nunca mais. –ela disse.





Ele suspirou e deu-lhe um beijo na testa se erguendo em toda a sua glória e foi ao banheiro. Bella tratou de se vestir rapidamente, ele voltou pegou sua cueca e vestiu, pegou o celular dela e digitou alguma coisa e em seguida o devolveu.





-É meu número, se sentir saudades...





Ela sorriu e se aproximou lhe rodeando o pescoço com os braços.





-Obrigada, ontem estava realmente precisando relaxar.






-As ordens neném. Sabe, sua voz me lembra a de alguém...





-Quem? De alguma ex?





-Não. Não me lembro, mas, não tem importância, talvez seja só imaginação minha.





-OK. –ela murmurou.



Se beijaram e ela saiu deixando-o com um vazio por dentro e uma sensação de dejavú em sua memória.





[...]





Bella correu para casa, quando chegou achou sua mãe sentada no sofá brincando com Nessie que correu para colo da mãe assim que essa adentrou no recinto.





- Mãe, bom dia.





Bella falou e em seguida pediu que Carol levasse Nessie para se arrumar para escola.





-Correu tudo bem no... hospital? – Renée perguntou erguendo uma sobrancelha e Bella se sentiu corar como se fosse uma adolescente pega no pulo.






-Tudo. – ela tossiu para dar mais força à voz. -Tudo normal. O Emm sai daqui há três dias no máximo quatro, a Alice e o Alex vão demorar um pouco mais. Mas estão fora de perigo. Então... Vou me arrumar.





-Onde passou à noite Bella?





Bella que já estava nas escadas se virou e olhou para sua mãe que estava em pé com os braços cruzados no peito.





Mau sinal, mau sinal. Pensou ela.





-Precisava sair um pouco mãe, estava sufocando com tudo isso.





-Com quem foi que você passou à noite?





-Eu nunca perguntei sobre suas escapadas quando era casada com o papai.





Na mesma hora que as palavras saíram de sua boca Bella desejou poder recolhê-las. Não podia.





Renée olhou para ela e assentiu. Passou por ela e lhe deu um beijo na testa.





-Tenha um bom dia filha. Bella só... Só porque eu e seu pai não damos certo... Não quer dizer que terá que ser do mesmo jeito entre nós. Você é minha filha e eu a amo. Tenha isso em conta, ok? Como preocupação de mãe. Nessie acordou assustada e Carol não conseguiu acalmá-la, não conseguiu falar com você pelo celular e então ela ligou para mim. Filha eu só quero ajudar. –Renée disse com douçura.





-Eu sei... Desculpe-me mãe. De verdade.





-Tudo bem.





Renée saiu e Bella subiu as escadas, se vestiu e tomou café com sua princesa. Nessie estava calada.





-O que foi?-Bella perguntou preocupada com a atitude da filha.





-O papai ligou ontem. Ele disse que a senhora tem que falar com ele. Por que a senhora não fala com o papai?





-Nessie agora de manhã não princesa.





Sua filha ficou triste. Droga.





-Olhe princesa. Amor olha para mamãe. – Bella pediu e segurou no rostinho de sua filha. - A mamãe só está cansada e tem muito trabalho, mas eu te amo, sabe disso, não é?







-Sei. Desculpe por falar do papai, eu sei que a senhora não gosta.



-Não é isso amor, ele é o seu papai, é só que...







-Tudo bem mamãe, a vovó falou com ele. Eu nem queria falar com ele mesmo. –Nessie a interrompeu.





Sua filha deu de ombros e voltou a tomar o suco. Saíram de casa e Bella a deixou na escola. Carol ficou em casa, suas férias tinham sido adiadas por tempo indeterminado, mas ela nem ligava.





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O dia de Bella foi estressante. Entre entrevistas e reuniões ela se viu atarefada até o pescoço, foi visitar seus amigos, voltou concedeu mais uma entrevista e mais uma reunião... Estava cansada e com enxaqueca. Apoiou a cabeça na palma da mão e olhou para seu celular. O pegou rapidamente e vasculhou sua agenda. Estava lá “E.” ela se martirizou por um bom par de minutos antes de respirar fundo e apertar o botão.





-Seja o que Deus quiser. –murmurou para si mesma.





[***]





Edward chegou à base assobiando com uma mão no bolso da calça e a outra balançando a pasta, se dirigiu a sua sala cumprimentando todos que passavam a sua frente. Ninguém entendeu nada. O General era sempre bem educado, mas ninguém, ninguém mesmo o tinha visto ostentar um sorriso. Era impressionante.







Seu dia começou cheio, mas nada tirou seu bom humor nem conseguiu afastar a morena dos seus pensamentos. A reunião que teve no final da tarde foi estressante e ele estava pronto para ir para cama e nem eram sete horas ainda. Seu celular tocou e ele olhou quem era. Numero desconhecido.





-Alô.





-Edward?



Ele sentou com tudo na cadeira, era ela, sua morena, ele sorriu para nada.



-Olá Isabella.





Ele a ouviu rir do outro lado da linha.





-Como foi seu dia? – ela perguntou.



-Estressante, e o seu?







-Idem.



-Quero te ver. – ele atirou para ela e se deleitou ao ouvir sua risada sexy pelo aparelho.





-Não posso, eu...





-Não vamos começar com isso novamente, ok? Você ligou, então quer dizer que você está com saudade.





-Não vou negar, mas... não posso. Estou com trabalho até o pescoço. Não daria para te ver hoje nem se eu quisesse. E... eu quero e muito. -Bella sussurrou e ele sorriu, ela ficou mexida tanto quanto ele.





-Eu estou preso no trabalho também, pelos próximos sete dias.





-Ok.





-Quando estiver de folga eu te ligo, posso?





-Claro. Foi muito bom ouvir sua voz.





-O quê? Já vai desligar? – ele perguntou surpreso.





-Você tem trabalho e eu também. – ela apontou o óbvio.





-Não às sete da noite. Vamos neném fique comigo na linha, me deixe matar a saudade da sua voz. Essa doce voz realmente me parece familiar, mas isso não vem ao caso agora, como você está?





-Bem...

Eles conversaram por uma hora. O tempo em que Bella saiu do trabalho e entrou no carro indo para casa, quando estacionou na garagem ela se despediu dele.





-Boa noite Edward.





-Boa noite Bella.





Ele falou com sua voz rouca e sexy a fazendo tremer e ansiar pelo próximo encontro. Sim, porque não tinha como não vê-lo novamente. Era fato, ele tinha entrado em seu sistema e Bella apostava qualquer coisa que ela também tinha entrado no dele.



Continua...