sábado, 29 de junho de 2013

Casamento de Aparências: Capítulo 12



PDV de Bella 



Eu já havia corrido por alguns quilômetros e resolvi voltar para casa. Para meu espanto, Rose e Edward estavam sentados confortavelmente no sofá da sala do meu apartamento. 

- Rose! Já chegou? 

Perguntei nervosa. 

- Achei que viria mais tarde. Não me abrace estou toda suada. - disse quando ela veio me beijar. 

- Não me importo maninha, e por acaso não sabe que sou a criatura mais curiosa da face da terra. Quando disse que precisávamos conversar eu vim direto pra cá. 

- Claro. Eu só vou tomar um banho e já conversamos. 

Falei e olhei para Edward, só aí percebendo que ele estava todo arrumado como se fosse sair. O que era estranho já que combinamos de ficar este sábado em casa. 

- Você vai sair?- indaguei. 

Ele veio até mim me dando um super beijo que me fez ficar vermelha já que minha irmã estava presente. 

- Eu ia, mas... Percebi que não era importante. Vou ficar com você. - ele falou piscando de leve para mim e eu entendi. Ele iria me ajudar a contar a Rose à verdade sobre seu nascimento. 

- Ok. Obrigado. - falei dando um selinho nele. - Vou tomar uma ducha rápida e já volto. 

- Quer ajuda?- falou maliciosamente. 

- Edward! 

- O quê?! Com ajuda é mais rápido. 

- Com este tipo de ajuda não iria ser rápido. - murmurei baixinho, mas pude ouvir Rose rindo. 

Saí da sala e fui para meu quarto me perguntado como iria contar a Rose a verdade. 

Ao voltar encontrei ela ainda na sala com o celular na mão. Sorriu a me ver. 

- Emmett está com saudades. Mandou-me uma mensagem tão linda, mas algumas coisas que ele escreveu eu não entendi como “força baby”. Por que ele escreveria isso? 

Desviei os olhos dos dela. 

- Onde está o Edward?- perguntei desconfiando que ele tivesse saído como pretendia antes de eu chegar. Será que iria atrás dos seus mistérios? 

- Seu marido é um homem prendado. Está na cozinha preparando uns petiscos para comermos. 

Sorri. 

- Vamos Bella! Vai ficar enrolando? O que quer falar comigo? 

Neste momento Edward entrou com mini sanduíches e suco. Ele se sentou ao meu lado. 

- Tanto mistério... 

Rose brincou. 

- Rose o que temos pra te falar é algo serio. 

- Vocês têm toda minha atenção. 

Então eu contei a ela tudo o que descobrimos. Todos os detalhes. 

- Papai e Carlisle queriam seu casamento com Edward por dois motivos: O primeiro, por parte de Carlilse, era ter a filha que ele teve que ver de longe, próximo a ele sem que ele tivesse que contar nada a Esme. A fim de não magoa-la. Já para nosso pai era por conta do seu temperamento explosivo. Ele tinha medo que você se colocasse em confusões e achou que com o casamento você seria mais... Pacifica. Então eles se juntaram e o resto você sabe o que aconteceu. 

Rose estava muda. 

- Rose você entendeu tudo? 

Perguntei a ela já preocupada com seu silencio. 

- É claro que eu entendi... Entendi que todos querem me controlar. 

Ela disse furiosa. 

- Rose... 

- Não Bella, é assim mesmo. Eles pensam o quê?! Que serei uma marionete em suas mãos. Pois estão muito enganados agora é que eles vão ver do que a Rose explosiva é capaz. 

Ela pegou sua bolsa e se levantou para sair, quando a campainha de nosso apartamento soou. Edward foi até a porta a abrindo e revelando Carlisle Cullen parado a porta. 

- Oi filho será que nós poderíamos... 

Ele parou ao ver Rose, que o encarava. 

- Entra pai. Nós acabamos de contar a verdade a Rose. 

Carlisle entrou com os olhos fixos em Rose. Ela o encarou friamente. 

- Oi sogro. 

- Rose eu... 

Carlisle tentou falar mais foi interrompido pela fúria da minha irmã. 

- Ou pretende que eu o chame de papai... rá pode esperar sentado. 

Ela se encaminhou para a porta. 

- Rose eu só queria explicar... 

- Não precisa explicar. Você me deu quando eu era apenas um bebezinho por conta de uma mulher. Sua filha, em troca de uma mulher?! – Rose disse com sarcasmo. - Quem faz isso? Quem troca a filha por uma mulher? 

- Não é qualquer mulher Rose. Era minha esposa. 

- Dane-se você e a porra da sua esposa! 

- Devagar Rose! – Edward rugiu- Está falando da minha mãe. 

- Danem-se todos vocês! 

Ela disse saindo. 

- Rose? Por favor, Rose. - falei, mas não obtive sucesso. 

Após este episodio Carlilse se trancou com Edward no escritório, e de lá saiu diretamente para o flat em que estava. 

Edward veio até mim me abraçando. Eu estava sentada em uma espreguiçadeira na nossa varanda. 

- E aí como ele está? 

- Bem na medida do possível. Ele sente muito a falta da minha mãe. 

- Acha que eles irão se divorciar? 

- Acho que não, não sei. Tudo depende da dona Esme. 

- Viu como uma relação pode se despedaçar por conta de um segredo?- eu não tive a intenção de soar como uma cobrança, mas foi exatamente assim que soou. 

- Isabella... Eu... Eu sei que te devo respostas. E vou te dar. Eu só te peço um pouco de paciência. Não é uma coisa fácil pra mim, mas prometo que assim que eu me sentir um pouco mais seguro eu vou te contar tudo. 

- Seguro? Seguro de que Edward? 

- Seguro em nossa frágil relação. Isabella... Eu não quero que acabe... Não quero que o que nós temos acabe. 

- E por que acha que pode acabar se você me contar? 

- Vai por mim. Pode sim acabar... Eu não quero te perder. 

Meu coração acelerou por dois motivos. Primeiro: o que era este segredo de Edward que fazia achar que eu não iria querer mais ficar com ele? Segundo: suas palavras me deram a certeza do que eu desconfiava. Eu também não o queria perder. Eu estava apaixonada por ele. E ele? Estaria por mim também? 

- Tudo bem Edward eu vou te dar mais tempo. Só não demore muito, não sou conhecida por ter paciência. 

O assunto foi enterrado ali, pelo menos pelos próximos dias. Eu percebia pequenas mudanças no comportamento de meu marido. Ele estava mais atencioso comigo. Cada vez mais ardente na cama. Um tesão. Nossa ficava sem fôlego só de lembrar. E ele estava ignorando algumas ligações em seu celular que eu imaginava ser daquela tal de Tanya. 

Não vou dizer que a ver ligando pra ele não me incomodava por que incomodava sim, mas como ele ignorava todas as chamadas eu estava um pouco mais confortável. Só ficaria totalmente confortável quando ele me dissesse o que ela significava em sua vida. 



PDV de Edward 



- Pai você e a mamãe precisam conversar com calma. - disse a meu pai. Estávamos ao telefone há alguns minutos. – Por isso eu e Bella decidimos fazer um jantar hoje em nosso apartamento e você e a mamãe estão convidados. É uma oportunidade para que possam conversar num ambiente neutro. 

- Sua mãe vai concordar com isso? 

- Eu já falei com ela. Ela não sabe que vai estar lá, mas garanto que ela não vai se importar pai. Ela quer conversar com você só não quer admitir. 

- Não estou certo disso. Não quero pressiona-la apesar de estar morrendo de saudades dela.

- Você a ama mesmo, não é pai? 

- Sim, muito meu filho. Ela é a minha vida. 

Eu andava pensando muito nisso ultimamente. Amor. Como se sabia quando se estava amando alguém? 

- Pai... Como se sabe quando se está amando? 

- Ah meu filho às vezes é difícil de saber você só simplesmente começa a perceber que ela é toda sua vida. Que você somente quer vê-la feliz. Olhar pra ela já basta. 

Ele descrevia todas as coisas que eu sentia quando pensava em Isabella. 

Eu vinha lutando com os sentimentos que a todo o momento me perseguiam. Eu queria confiar em minha esposa. Contar a ela o que me atormentava e quem sabe assim ficar livre do passado. Ou pelo menos conseguir viver sem tanta culpa. 

- Você ama sua esposa meu filho? 

- Eu... Bom eu... Preciso desligar pai. 

Desliguei e tentei me concentrar no trabalho. O som do meu celular me alertou de que Tanya estava novamente me ligando. Peguei o celular e olhei atentamente. A vontade de atender era grande. A culpa também. Mas havia algo que estava se tornando mais importante do que tudo. Isabella. 

Eu havia amado o que ela fez ao deixar claro a James Castelle que o queria longe dela. Ela fizera isso por nós. Por nosso casamento. Ela estava diferente cada vez mais carinhosa e atenciosa. A mulher que julguei ser uma gatinha selvagem se mostrava doce, gentil, sincera e apaixonante. Ela estava me dando um voto de confiança e eu faria o mesmo por ela. Ignorei a ligação de Tanya como já estava fazendo há alguns dias, através de Jasper eu sabia sobre o estado de saúde dela. 

A decisão estava tomada. Eu só iria voltar a atender Tanya quando contasse tudo a minha esposa. 

** 

Enquanto Rita, nossa empregada, preparava o jantar em que tentaríamos dar uma chance para que meus pais pudessem conversar, eu e minha esposa estávamos deitados na espreguiçadeira na varanda do apartamento. Um lugar que estava se tornando nosso preferido. 

- Conseguiu falar com a sua irmã? 

Perguntei a ela enquanto ela descansava a cabeça em meu peito e eu acariciava seus cabelos. Eu nunca fui um homem muito carinhoso, mas o que eu mais gostava neste momento era acariciar Isabella. 

- Não. Ela se nega a falar com todo mundo. Menos o Emmett. - Isabella respondeu de olhos fechados. 

- Talvez seja através dele que deva tentar se aproximar dela. E eu achando que você era a difícil de conviver?-falei rindo. 

- Não pense que eu esqueci isto. Você realmente não me conhece querido marido. – ela disse brincando. 

Puxei Isabella mais para cima e a beijei ardente. Minha língua procurando a sua. Ela respondendo com igual vigor. Droga! Eu acho que estava me apaixonado pela minha mulher se é que já não estava apaixonado. 

Quando paramos o beijo estávamos arfantes. 

- Eu quero me abrir com você Isabella. – falei. 

Vi que minha esposa ficou surpresa. Na verdade até eu fiquei com minha atitude. 

- É o que eu mais desejo Edward. Que se abra comigo. 

- Eu... Eu vou te contar tudo que escondo. Escondo de todos. De minha família, amigos, conhecidos e por vezes até de mim mesmo. 

Ela olhou e percebi em seu rosto expectativa e receio. 

Respirei fundo pensando nas palavras que poderia dizer a ela. 

- Como você sabe, eu e Emmett fomos adotados quando éramos pequenos. Eu tinha quatro anos e ele dois anos. Tenho poucas lembranças de meus pais verdadeiros. O que lembro é de vários rostos. Pessoas que cuidavam de mim, mas não sei dizer quem delas seria meu pai e minha mãe. Até bem pouco tempo atrás eu não sabia nada sobre a historia de minha infância. Logo após que nos casamos, eu procurei algumas informações e não foi difícil encontrar. O engraçado é que só depois que me casei com você é que eu tive este desejo de saber mais sobre meus pais verdadeiros. Não me pergunte o porquê, pois não sei explicar. Pelo que pude apurar, meu pai morreu logo que Emmett nasceu. Ele era um homem muito pobre, mas digno que teve o azar de estar na hora e lugar errados em um assalto. Minha mãe biológica era órfã sem nenhum parente e com duas crianças para criar, além disso, tinha leucemia. O único porto seguro dela era meu pai. Com a morte dele ela não tinha muita escolha ao não ser nos dar para adoção. Pelo que fiquei sabendo pouco antes de morrer ela ficou sabendo que ambos fomos adotados e morreu feliz por saber que estávamos bem, com uma família que iria nos amar e proteger. Então minha vida familiar passada não representa nenhum trauma em minha vida, pelo menos não totalmente. 

- Por mais que isso não tenha sido traumático pra mim, e mesmo Esme sendo uma mãe maravilhosa eu sempre me senti meio carente de afeto maternal. 

Olhei Isabella e ela permanecia prestando muita atenção no que eu falava. 

- Durante minha infância aprendi a apreciar musica e o piano foi o que mais me interessou, mas eu era meio desligado. Meu pai comprou um piano pra mim que eu tocava ocasionalmente. Então quando eu estava com 17 anos eles contrataram uma professora de piano. Ela era... Linda e muito mais velha que eu. Eu fiquei encantado com ela e... Eu era meio tímido em relação às mulheres. As garotas da minha escola não me chamavam atenção então... 

- Sr. Cullen? 

Rita nossa empregada entrou timidamente. Percebi a carranca de Bella ao sermos atrapalhados. 

- O porteiro avisou que sua mãe está subindo. 

- Certo. Obrigado Rita. 

Ela se retirou. 

- Não pense que vai fugir desta conversa. Agora que começou vai ter que terminar. 

- Isabella, nós teremos todo o tempo do mundo para conversarmos sobre isso. Se não for agora será em outro momento. Eu falei serio quando disse que queria me abrir com você, mas agora minha mãe precisa de mim mais do que qualquer outra coisa. 

Peguei sua mão e a beijei levemente. 

- Tudo bem. 

Ela disse conformada. 



PDV de Bella 



A mãe de Edward estava aparentemente bem. Ela era uma mulher muito sensível e simpática. Conversamos sobre amenidades até Edward ir atender uma ligação que eu já sabia ser de Carlisle, pois ele mencionara no meu ouvido antes de sair. Então eu e Esme ficamos a sós. 

- Bella querida, fico tão feliz por ver como você está fazendo bem a meu filho. 

Dei um sorriso simpático a ela. 

- Seu filho ás vezes é uma incógnita. - falei sincera. 

- Eu sei. Edward ás vezes pode parecer frio e misterioso, mas ele tem um coração de ouro. Sabe, que depois que me recuperei da depressão por descobrir que não podia ter filhos, fomos adotar Emmett. Eu não sabia que ele tinha um irmão também para ser adotado. Eu estava com Emmett em meu colo para que ele se acostumasse com minha presença e Carlisle estava ao meu lado. E tinha outras crianças próximas então aquele lindo menino ruivo se aproximou de mim e disse:- “A senhora que vai levar meu irmãozinho pra casa?” Aquilo partiu meu coração e me apaixonei por ele naquele momento. Carlisle e eu o adotamos e nunca nos arrependemos da decisão que tomamos. Edward sempre foi um filho maravilhoso, mas aos 17 anos ele mudou... 

Minha atenção se voltou para o que Esme havia dito. Eu poderia saber dela algo sobre meu misterioso marido, mas não era justo. Edward estava confiando em mim, e eu iria esperar por ele. 



Continua... 





Casamento de Aparências: Capítulo 11





PDV de Bella 



Quando acordei Edward já não estava na cama, agora dividíamos o quarto que costumava ser meu e pelo visto também já não estava em casa, só encontrei Rita na cozinha já preparando algumas coisas para o almoço. 



-Nossa Rita, por que você me deixou dormir tanto?-perguntei enquanto me sentava a mesa para tomar meu café da manhã. 



-Desculpe-me senhora, mas o senhor Cullen me proibiu de acordá-la. Disse-me que eu deveria deixá-la dormir o quanto quisesse. 



-Ah, e a que horas ele foi para a empresa?-perguntei olhando no relógio da cozinha vendo que já passavam das dez. 



-Ainda não eram nem sete quando ele saiu, o senhor Cullen disse algo sobre uma importante reunião. 



A reunião com os suecos, Edward vinha lutando para exportar nossos produtos para eles e se conseguisse seria um contrato milionário, havia também um contrato co um grupo argentino e só dependia agora de uma aprovação minha, mas eu ainda não tinha dito nada a Edward sobre ele e como ele não me perguntou não toquei no assunto. 



Um assunto bem mais importante rodopiava em minha mente, o que Rose havia me dito sobre ser mais doce com meu marido não deixava minha mente e foi por passar boa parte da madrugada pensando nisso, após um longo tempo nos braços dele que eu acordei tão tarde. 



-Rita se eu te pedisse um conselho você me daria? 



A pergunta pegou a senhora de surpresa, pois seu espanto foi visível. 



-É claro senhora, se eu puder ajudá-la. 



-Antes me diga, há quanto tempo você é casada? 



-E você é feliz?-desviei o olhar ao perguntar. 



-Demais senhora, Deus foi muito bom comigo. Eu não poderia pedir alguém melhor para está ao meu lado. Mas por que me pergunta isso senhora? Se me permite dizer eu a tenho notado um pouco distante, pensativa nos últimos tempos, até mesmo triste. 



-Está tão óbvio assim?-suspirei. 



-Não, é que eu costumo presta atenção nas pessoas que me rodeiam e eu já aprendi a gostar de vocês. –ela sorriu para mim. 



-Eu me sinto perdida, eu já não aguento viver de aparências. –levei as mãos a cabeça. 



-A senhora não é feliz em seu casamento. –não foi uma pergunta, mas uma afirmação. 



-Como posso ser se meu marido é mais estranho para mim do que qualquer outra pessoa, se não existe amor entre nós. 



-Senhora perdoe-me dizer, mas a senhora não pode dizer isso, com a experiência de vida que tenho no alto de meus 57 anos posso dizer com toda certeza que amor há entre vocês por mais que ele esteja escondido, tal vez o que esteja faltando seja um pouco mais de paciência, compreensão, companheirismo e confiança. 



-Como compreender alguém que não se abre comigo? Que não me permite chegar em seu coração? Minha irmã diz que eu devo tentar ser mais doce com ele como sou com os demais, mas é mais forte que eu quando vejo já estou me defendendo. –desabafei. 



-Será que no fundo a senhora não está cobrando dele algo que a senhora também deveria fazer? 



-Por que me pergunta isso? 



-Eu não deveria ter dito nada senhora, desculpe-me. –Rita falou sem jeito. 



-Não continue, por favor. 



Eu precisava de uma luz, eu precisava entender o que se passava comigo. 



-Outro dia sem querer eu ouvir o senhor Cullen conversando com o irmão ao telefone e ele reclamava de uma estranha relação sua com um tal de Castele. Ele parecia furioso. Será que não é a ruptura desta relação que esteja faltando para que seu marido confie na senhora? Ou quem sabe se a senhora se afastasse um pouco deste homem. 



Eu parei um pouco para pensar nas palavras de Rita, no fim elas faziam sentido por mais que Edward não houvesse me dito nada além daquele dia em minha sala em que ambos nos alteramos. 



-Tal vez você tenha razão, James é um amigo de muitos anos, mas às vezes ele parece se esquecer disso e passa dos limites e tal vez isso esteja testando demais a paciência de meu marido, tal vez seja hora de colocar James em seu lugar e me concentrar em Edward. 



Ela sorriu para mim. 



-Viu? Tal vez as coisas não sejam tão difíceis como parecem. 



-É. Obrigada Rita. –eu disse me levantando. 



-Senhora Cullen. –ela me chamou antes que eu saísse da cozinha. 



-Sim?-vir-me-ei em sua direção. 



-Tal vez sua irmã esteja certa. 



-É acho que ela está. 



[***] 



Quando sair de casa fui direto para um famoso restaurante da cidade onde tinha uma reunião marcada com um cliente da empresa, depois dela segue para uma outra também fora da empresa e então disquei o número já tão conhecido por mim. 



-James é Bella, será que poderíamos almoçar no lugar de sempre? 



-É claro minha rainha. –ele disse do outro lado da linha. 



-Ótimo, até mais então. 



Não demorou nem vinte minutos para que ele chegasse até o local marcado em um discreto restaurante no centro da cidade. 



-A que devo um convite tão precioso quanto o seu minha linda?-ele questionou logo após o garçom nos entregar o cardápio e se retirar. –Tem algo a ver com o que está nos jornais hoje? Precisando de um ombro amigo. 



-Mas do que você está falando?-indaguei. 



-A imprensa já sabe que sua irmã está de volta, ontem ela foi vista em bar da cidade acompanhada de uma amiga. Todos os jornais e programas de televisão estão levantando a hipótese de que ela voltou para pegar o que é dela de volta. 



-Não sei do que você está falando, eu não costumo ler fofocas, pois tenho mais o que fazer e nem mesmo li algum jornal hoje. –murmurei. 



-Se eu fosse você leria minha cara. 



-Vá direto ao ponto James. 



-Dizem que Rosalie voltou porque está disposta a ter outra vez Edward para si, já que você roubou seu noivo ela quer roubá-lo de volta. 



-Que absurdo! Eu não roubei nada de ninguém e a prova disso é que eu estou aqui agora. –exclamei. -James a partir de hoje não me procure mais, eu estou casada e você parece não entender isso sempre tentando me fazer desrespeitar Edward, mas isso não vai acontecer. Eu estou com ele agora e pretendo levar meu casamento adiante doa a quem doer e tem mais eu nunca quis nada com você e sempre fui clara com relação a isso, mas você segue insistindo mesmo podendo ter a mulher que bem entender. 



-Bella... 



-Não, espere. Deixe-me terminar. Eu tentei ignorar esse fato e tentei ser sua amiga porque o preso, no entanto, isso não é possível se você não está disposto a compreender e aceitar isso, então é melhor que cada um siga seu caminho e seja feliz da melhor forma possível. –eu respirei fundo antes de voltar a falar. –Adeus James, cuide-se. 



Eu não esperei resposta da sua parte e muito menos que chegássemos a almoçar para deixar claro meu objetivo. 



Sei que não foi certo não dar a ele a chance de argumentar a seu favor, mas para ter Edward realmente comigo era preciso começar a cortar o mal pela raiz e começar a dar a ele motivos para confiar realmente em mim. 



Entrei em meu carro e segue para a empresa ao som suave da música de Michael Bublé lembrando a mim mesma que a parti de agora deveria ser mais suave com meu marido. 



Marido. Essa palavra ainda me causa arrepios, ainda é muito estranha para mim. 



-Eloise meu marido está?-perguntei a sua secretária quando cheguei à empresa. 



-Está sim senhora Cullen, acabou de sair de uma reunião e... –ela hesitou. 



-E? 



-Não é nada senhora. –mentiu. 



-Fale Eloise. –insisti. 



Ela agora seguia minhas ordens e as ordens de Edward já que eu ainda não havia encontrado ninguém descente para substituir Kety. 



-Ele está um pouco irritado pelos jornais de hoje, pediu que eu sumisse com todos eles da sua mesa. 



Então ele deve ter pedido o mesmo a Rita e por isso não encontrei os jornais em lugar algum do apartamento. 



-Certo, com licença. 



-Entre. –eu o ouvir dizer quando bate na porta de sua sala. 



-Olá. –sorri para ele. 



-Olá. –ele abriu os braços para que eu sentasse em seu colo. –Achei que tínhamos combinado de vir juntos para a empresa ontem. –comentei. 



-Desculpe-me, achei melhor não acordá-la. –Edward disse antes de beijar meus lábios calorosamente como de costume. 



-Está falando isso pelos jornais de hoje?-perguntei mudando de posição em seu colo. 



-Você já os viu?-de repente seu semblante ficou duro. 



-Não, apenas ouvir comentários. –deslizei minhas mãos por seus cabelos na parte da nuca. 



-Comentários de quem? Foi Eloise?-ele questionou impaciente. 



-Não, James. 



-O que você estava fazendo com esse homem?-senti seu corpo tenso, como se estivesse se controlando para não gritar. 



-Se acalme, eu precisava falar com ele. –eu disse suavemente. 



-Sobre o quê? 



Sua voz foi fria e eu me controlei para não levantar a guarda como sempre na intenção de me proteger. Eu precisava fazer Edward conhecer a verdadeira Bella. 



-Eu pedi a ele para que se afaste de mim. –a resposta pareceu pegá-lo de surpresa. 



-E por que fez isso?-eu não pude identificar em seu tom de voz se ele estava tentando ser indiferente ou se realmente estava sendo. 



-James não parece entender que agora sou uma mulher casada, então achei melhor corta o mal pela raiz. –eu disse uma meia verdade sem querer dizer que estava tentando fazê-lo confiar em. 



-E o que ele disse? 



Eu queria tanto ver além da frieza de seu olhar, queria tanto conhecer o verdadeiro Edward, esse homem maravilhoso do qual Rose me falou. 



-Nada, eu não dei tempo a ele. –respondi. 



-Melhor assim. 



O assunto foi encerrado no momento em que os lábios de Edward tocaram os meus. 



[***] 



-Por que está tão irritado com esses jornais?-eu questionei mais tarde enquanto analisávamos alguns balanços. 



-Eles não têm o direito de caluniá-la assim. Você é minha esposa, não posso permite isso. Você não roubou nada de ninguém, não é essa qualquer que eles estão pintando. –por um momento eu vi um lampejo de preocupação em seus olhos frios. 



-Não ligue, não vale à pena. –suspirei. 



-Negativo. Isto não ficará assim, já entrei em contato com nossos advogados. 



Achei melhor não discutir. 



-Faça o que acha mais correto então. 



Isso o pegou de surpresa, essa mulher doce e tranquila não é a mulher a qual ele está acostumado. 



PDV de Edward 



Bella estava estranha, essa não era ela. Mas será que eu realmente conhecia a verdadeira Isabella? Às vezes tinha a sensação que não e de que essa mulher a quem eu estava acostumado só existia para mim, pois aos quatro cantos do planeta só se falava em como a caçula dos Swan costumava ser um doce de pessoa, em como ela era gentil e educada, no entanto eu não conhecia esse seu lado. Eu só conhecia a indiferente, que está sempre pronta a atacar, que está sempre contra mim e que na grande maioria das vezes nunca tem uma palavra de gentileza para dirigir a mim que não seja quando estamos na frente dos outros ou na cama. 



É só entre quatro paredes que ela parece ficar completamente entregue a mim e por alguns momentos não está na defensiva de guarda levantada. 



E isso já me fez perguntar diversas vezes a mim se algum dia eu realmente poderei confiar nela e me abrir de modo que Bella possa realmente me compreender sem julga-me, sem me culpa como eu mesmo não sou capaz. 



Mas ainda assim eu sinto uma imensa responsabilidade em protegê-la, não foi à toa que me enfureci quando li os jornais pela manhã e achei melhor deixá-la dormir mais, ao invés de acordá-la como deveria. 



A modo como agiu e o que disse sobre o tal Castele me surpreendeu e sem querer me deixou feliz. Ela estava escolhendo a nossa frágil relação, ao invés de sua tão preciosa amizade? 



Eu não tenho certeza das suas intenções, mas gostei de sua atitude. 



-Terra chamando Edward. –Emmett estalou os dedos a frente do meu rosto. 



-Desculpe-me Emmett. O que você dizia? 



-Eu perguntei a você como Rosalie pode ser filha de papai afinal de contas. –ele se ajeitou na cadeira de frente para a mesa da minha sala na empresa. 



A loira não sabe de nada, pois logo após sabemos ela viajou em uma importante reunião de negócios da empresa e só voltará em três dias. 



-Essa é uma longa história Emmett, Bella e eu precisamos colocar Carlisle e Charlie contra a parede. –respondi a meu irmão. 



-Sou todo ouvidos. 



Flashback duas semanas atrás... 



O detetive havia saído a pelo menos duas horas da empresa e eu ainda não conseguia crer em suas palavras, Bella foi quem manteve a frieza do momento e depois de algum tempo pensando ligou tanto para o meu pai quanto para o seu fingindo dificuldades em certo assunto da empresa para atraí-los até nós sem que minha mãe ou Renée estivessem por perto. 



Eu não estava em condições de manter a calma, eu só pensava em como a única mulher por quem eu era capaz de tudo iria sofrer com tudo o que estava acontecendo. 



Primeiro Bella questionou o pai sobre o porque de eles terem nos deixado segue com o casamento se tudo era uma faça. 



A resposta foi rápida, nós jamais deveríamos saber de nada e Esme em hipótese alguma poderia ser magoada. 



-E nós papai merecíamos ser magoados? E se nesse casamento nenhum dos dois conseguimos ser felizes?-as perguntas de minha esposa eram compreensíveis. 



-Eu tentei Pará-la filha, mas você não me deu ouvidos. 



-É claro que não, eu queria o melhor para vocês. Porque você não foi mais claro ao invés de falar em códigos? 



-Não culpe seu pai, Bella. Eu pedi a ele que jamais revelasse o meu segredo, mas ainda existe a possibilidade do divórcio. 



-Essa possibilidade está fora de cogitação, eu dei minha palavra a Bella naquele altar e vou cumpri-la. 



-Bella...?-Charlie começou. 



-Faço minhas as palavras de Edward, mas nós temos o direito de saber. Por que tantas mentiras? 



-Deixem isso como está, não há motivos para mexemos no passado. 



-Se não perceberam nós fomos os mais prejudicados nessa história. –eu disse a meu sogro. 



-Isso não é verdade filho, no fim quem mais sofrerá com tudo isso será sua mãe. –disse meu pai. 



-É uma pena que só tenha se dado conta disso agora papai. –rebati amargo. 



Ele respirou fundo. 



-Sei que deve está furioso comigo, ninguém mais do que eu pode amá-la tanto quanto eu além de você, mas você precisa entender filho. 



-Como posso entender se você se recusa a falar?-questionei. 



-Eu conheci Cláudia quando meu casamento com Esme passava por uma grande crise, nós tínhamos acabado de descobrir que Esme jamais poderia me dar filhos biológicos por um grave problema em seu útero, se tentássemos ela poderia morrer e isso eu jamais poderia permite. Sua mãe entrou em uma grande e grave depressão chegando ao ponto de me afastar dela sem que eu pudesse me aproximar em hipótese alguma por meses. 



Ela parecia não entender que esta situação estava me matando por dentro tanto quanto ela e só me afastou cada vez mais, foi ai que Cláudia entrou em minha vida. Ela começou apenas como minha amiga, mas o tempo foi passando, as coisas entre mim e Esme estavam piores e eu mais fragilizado que nunca. 



Quando percebi o quanto estava envolvido com Cláudia já era tarde, nosso caso durou poucas semanas. O suficiente para que eu compreendesse que nada daquilo era certo e a tirasse de minha vida sem que minha esposa jamais soubesse para não magoá-la, pois uma criatura tão doce como ela não merecia algo assim, eu é que não fui forte o suficiente e agir como um canalha. Hoje me envergonho de mim mesmo pelo que fiz a minha Esme. 



-Você sabia que Cláudia esperava Rosalie?-Bella indagou. 



-Não, de forma alguma! Eu só soube que tinha uma filha quase um ano depois quando uma amiga de quarto dela veio até mim e me falou de Rosalie contando também que Cláudia havia morrido. 



-E você entregou a menina ao seu melhor amigo e a esposa dele para evitar que minha mãe soubesse de sua traição?-eu estava tentando entender à situação. 



-Não foi bem assim, eu entreguei Rose a Charlie porque eu sabia o quanto custaria a Esme saber que eu tinha uma filha enquanto ela não podia me dar filhos e ao mesmo tempo eu queria ver minha Rose crescer perto de mim. 



-Renée e eu aceitamos então criar Rose como nossa filha, pois sabíamos da história de seus pais Edward e pouco tempo depois Esme e Carlisle lutaram para adotar você e seu irmão. –Charlie falou. 



-Rosalie é muito diferente de você em certos aspectos Bella e por medo de perder minha filha um dia e na esperança de acalmá-la um pouco mais já que as brigas entre ela e Charlie só vinham aumentando nós achamos que o melhor seria fingir uma crise nas empresas obrigando-a assim a se casar com Edward para que ele a trouxesse a razão de uma vez por todas, mas como vocês sabem não deu certo. 



Meu pai e o pai de Bella tinham pedido o juízo! Era óbvio que minha ex-noiva e agora cunhada não precisava ser controlada, ela era muito doce ao contrário da irmã. 



-Foi isso Emmett, mas é óbvio que eles tentaram controlar a pessoa errada, minha cunhada é uma pessoa muito doce. 



-Se eu fosse você não me enganaria tanto com a minha Rose, Edward. É melhor eu ir, mamãe virá hoje aqui e não é o melhor ela me encontrar agora já que estou com Rose. 



-Tem razão irmão, até mais. 



-Até. –ele disse antes de sair. 



Nas últimas duas semanas foi em mim que dona Esme buscou apoio ao saber de tudo, ela não condenar Rose, pois sabe que ela não tem culpa de nada, mas ainda é difícil para ela perdoar meu pai mesmo que minha mãe não pense em divórcio. 



Três dias depois... 



Tanya tinha acabado de me ligar. “Ela” estava me chamando outra vez e eu estava pronto para sair quando dei de cara com Rosalie na porta da cozinha do meu apartamento. 



-Rosalie? Achei que só viria mais tarde. 



-Achei melhor vir direto do aeroporto para cá, queria conversar com Bella, mas Rita me disse que ela saiu. –havia algo estranho no olhar dela. Raiva tal vez, mas sua voz não denunciava nada. 



-Ela saiu para caminhar no parque, mas já deve está quase voltando. 



-E você iria aproveitar que ela saiu para ir atrás da sua amante?-ela perguntou encostada na porta com a aparecia tranquila, mas claramente furiosa. 



O que ela havia escutado? 



-Não sei do que você está falando. –murmurei. 



-Edward, eu não sou nenhuma idiota. Eu ouvi você falando ao telefone com uma tal de Tanya quando cheguei. 



-Rosalie escute, eu... 



-Não escuta você Edward! Você me acha doce, mas não poderia está mais enganado, você tem sorte de ter se casado com minha irmã e não comigo, pois diferente de dela eu já teria te dado um pé na bunda na primeira oportunidade, mas infelizmente ela não pensa assim e ainda acredita que tal vez possa existe bem mais por trás dessa criatura fria que você aparenta ser porque ela é doce, porque ela é gentil e costuma ter nas pessoas uma fé que eu não sou capaz de ter. 



-Acho que você não está falando de minha esposa e sim de outra mulher, tudo o que Bella costuma fazer é me dar patadas. –apontei. 



-Você já imaginou que o culpado disso tal vez seja você? Que ela tal vez só esteja se defendendo? E que essa Bella que você conheça tal vez não seja a verdadeira?-minha cunhada questionou dura. 



-Aonde você quer chegar com tudo isso Rosalie?-eu não estava com paciência para sermões. 



-Seja o que for que você esconde Edward conte logo a Bella, confie nela e abra seu coração enquanto há tempo porque se você não puder fazer isso com sua esposa então não poderá fazer com mais ninguém. 



-Rosalie... –a interrompe. 



-Eu ainda não acabei. –disse-me com voz cortante. - Eu vou fingir que não escutei essa ligação, mas não pise mais na bola com minha irmã ou eu sou capaz de acabar com você por ela. Se existe alguém tão doce e sensível quanto Esme esse alguém é Bella. 



Se existe alguém tão doce e sensível quanto Esme esse alguém é Bella. 



As palavras de Rosalie ecoaram em minha cabeça. Será que eu havia me enganado a respeito das irmãs Swan? 



Continua...

Casamento de Aparências: Capítulo 10




PDV de Bella 



- Você está envolvida com o irmão do Edward? 

Perguntei a ela assim que entramos no quarto. 

- Sim. Estou. Esse mundo não é pequeno?! 

Ela perguntou com os olhos brilhando. 

- Bota pequeno nisso! – comentei – Por onde esteve Rose? 

- Nem te falo Bella. Depois que fugi aquele dia, eu fui para a Europa. Eu tinha dinheiro, passaporte e o principal uma grande vontade de explorar o mundo. Mal cheguei à França e dou de cara com esse gato do Emmett. A atração foi instantânea entre a gente. Passamos quase uma semana enfurnados no quarto. - Ela riu descarada – Depois disso nos percebemos apaixonados e quando descobrimos as coincidências da vida, rimos muito. Imagina quase fui cunhada dele! Bom ai começamos a viajar pelo mundo. Nossa última parada foi na America do sul. E foi lá que fiquei sabendo de algo e preciso de sua ajuda. 

- Fale rose. O que foi? 

- Lembra que eu sempre achava estranho que não tinha fotos da mamãe grávida de mim só de você? 

Assenti. 

- Então eu e Emmett estávamos no Peru quando uma mulher nos abordou no restaurante que estávamos. Eu não entendia nada do que ela falava até por que ela não estava falando em espanhol, em um dialeto. Bom quando ela viu que éramos americanos ela começou a falar inglês. E me perguntou se eu era Rosálie filha da Claudia. 

Franzi as sobrancelhas. 

- Como assim? 

- Foi a pergunta que fiz a ela. Disse que ela estava enganada que meus pais se chamavam Charlie e Renée, mas ela afirmou que minha mãe se chamava Claudia e que ela morreu dando a luz a uma menina chamada Rosálie. Ela afirmou isso, pois era colega de quarto desta tal de Claudia e que elas moravam aqui em Los Angeles. 

- Que isso Rose? Que historia maluca. 

- Sim. E a respeito do meu suposto pai. Ela não sabia me dizer nada. Aí Bella ela pediu alguns segundos para ir até a casa dela e buscar a foto que ela tinha dessa tal amiga. Eu e Emmett esperamos com medo até de se tratar de uma armadilha, mas não. A mulher voltou e me mostrou a foto. 

- E aí? 

Eu disse quase desesperada se curiosidade. 

- Veja você mesma. 

Ela estendeu a foto envelhecida e a moça que ali estava era praticamente a própria Rose. 

- Nossa! 

- Sim. 

Ela comentou. 

- Mas se isso for verdade, por que nossos pais fariam isso? Por que não diriam que você é adotada? 

- Não sei Bella, mas quero descobrir isso. 

Pelo jeito nossa família estava envolvida em muitos segredos. 

Contei a Rose sobre o que eu e Edward descobrimos em relação às empresas. Ela ficou boquiaberta. 

- Não acredito nisso Bella! Quase que me caso sem ter necessidade. Deus! E você se casou sem amor por conta desta armação! 

- Pois é. 

- Bom agora você pode se separar do Edward, não é? 

Fiquei muda. Eu queria me separar? Nunca quis me casar em um casamento arranjado, mas agora era diferente. As coisas entre eu e Edward estavam diferentes. 

Rose riu. 

- Está gostando dele não é? 

- Não Rose... não é isso é... só... que... 

- Bella você não me engana. 

- Como posso gostar dele se ele é tão misterioso até mesmo frio algumas vezes? Fora esta historia mal contada sobre uma Tânia e uma tal “ela”. 

Conversei com Rose sobre tudo o que escutara. 

- Bella, Emmett me disse que Edward é uma pessoa maravilhosa, mas que ele esconde algo que nem sua família sabe o que é. Emmett disse que por volta do 17 anos Edward mudou muito. Mas que ele é uma pessoa maravilhosa. E que ele não funciona a força, ou seja, se você for mais doce, tiver mais paciência poderá perfurar esta armadura dele e descobrir o que o aflige. Eu sei que você é doce conosco. Conheço você minha irmã, mas quando você está com Edward, está sempre de guarda levantada. Abaixe ela. Deixe-o ver esta mulher adorável e sensível que você é. 

Pensei no que Rose disse. Eu poderia ser mais doce com ele? Mas isso seria me expor. Seria expor meu coração que começava a sentir coisas estranhas quando estávamos próximos um ao outro. Eu teria que pensar se isso valeria a pena. 



PDV de Edward 



Enquanto estava na churrasqueira da casa dos Swan eu observava meu pai e Charlie Swan para ver se eles deixavam escapar algo. Mas nada. Parecia apenas um final de semana em família normal. De repente ouvi um grito de minha mãe que me assustou, mas relaxei ao ver Emmett entrando no local. 

Foi uma festa a volta de meu irmão e uma surpresa. Após isso Isabella surgiu com a minha ex–noiva e saber que ela e Emmett estavam juntos. 

Não foi preciso forçar um casamento e as famílias Swan e Cullen teriam seus filhos em uma união. Isso só reforçava mais que meu casamento com Isabella não era mais necessário, mas ao invés disso eu não estava disposto a abrir mão dela. Não depois de ter ela em meus braços. Éramos perfeitos juntos. 

Por que eu não queria me livrar dela? 

Aquela gatinha indomável. 

Brava. 

Selvagem. 

Linda. 

Por que eu não queria minha vida de solteiro novamente? 

Eram perguntas que eu ainda não conseguia responder. 

Ao ver a cara de felicidade de meu pai vendo Emmett e Rose juntos suspeitei que houvesse mais coisa atrás de um simples casamento arranjado. 



/***/ 



Eu e Isabella retornamos no final da tarde para nosso apartamento e antes que eu pudesse me segurar já a tinha a agarrado e a levado para o banheiro. Tínhamos a intenção de tomar banho. Por que não juntos? 

É obvio que durante o banho não me contive em só assistir aquela gostosa se banhar. Tomei sua boca em um beijo delicioso que foi prontamente correspondido por Isabella. 

A virei de costas para mim e ela colocou suas mãos na parede. Alisei sua deliciosa bunda e pedi com a voz rouca de tesão. 

- Empina essa bunda linda pra mim Isabella. Quero te foder deste jeito hoje. 

Ouvi seu gemido e sorriu mostrando que estava muito a fim de minhas ideias pervertidas. 

Escorreguei meu membro já latejando de tesão entre suas dobras molhadas e a estoquei com força. 

- Porra! Muito gostosa! 

Gemi entre estocadas. 

- Mais forte... isso me fode. 

Essa mulher ia me levar à loucura. Obedeci aos seus estímulos e logo gozávamos enlouquecidos. 

Após o banho nos vestimos e era hora de ir para meu quarto. Mas eu não queria isso. Eu queria um casamento completo com ela. 

- Preciso falar algo com você. 

Disse a ela. 

Ela parou de escovar os cabelos e olhou para min. 

- Acho que poderíamos tentar um casamento de verdade. Eu... quero dizer dormirmos juntos no mesmo quarto. 

- Só podemos ter um casamento de verdade se não houver segredos entre nós, Edward. 

Suspirei. 

- Por favor, Bella. 

Vi que seus olhos brilharam. 

- Você me chamou de Bella. 

Sorri pra ela. 

- Chamei... você gosta que a chamem de Bella, não é? 

Aproximei-me dela pegando sua mão e a puxei de encontro a meu corpo. 

- Eu chamo você de Bella se quiser... só acho Isabella muito mais sexy. 

Mordi de leve seu pescoço e logo estávamos rolando sobre os lençóis da cama. De onde agora seria nossa cama. 



/***/ 



- Você sabe que não sei da sua ligação com elas. Mas se a Bella é tão brava assim e melhor não contar nada seja lá o que for. 

Jasper disse. 

- Eu preciso contar uma hora ou outra se não meu casamento não dará certo. 

- Hum... querendo preservar o casamento. Está apaixonado por ela Edward? 

Eu não sabia responder esta pergunta ainda. Eu sabia que algo estava acontecendo. Me via ansiando pra ir pra casa no final do dia. Adorava ver Isabella gargalhar olhando desenho animado na TV e principalmente adorava nossas noites recheadas de um sexo maravilhoso. 

Havia algo que definisse estes sentimentos. Seria amor? Paixão? No passado eu senti isso e foi tão diferente. Tão... destrutivo. Quase acabei com a minha própria vida por conta daquilo que julgara ser amor. E hoje o que eu sentia por Isabella era tão diferente. 

- Eu não sei Jasper... sinceramente não sei o que sinto, só sei que não quero que este casamento acabe. 

- E sabe se Isabella pensa o mesmo a respeito? 

- Não. Não sei. 

E isso me martirizava. Será que ela estava satisfeita? Possivelmente não. Ainda mais com meus segredos. Eu não me sentia seguro para dividir isso com alguém. E fora isso o medo que ela pensasse melhor e resolvesse aceitar aquela proposta daquele imbecil do James Castele fazia meu sangue ferver. 

- Espero que se dê bem meu primo por que para mim está obvio que está de quatro por sua mulher. 

Cocei a cabeça. O que adiantava negar. 

Uma leve batida se fez na porta. 

- Entre. 

Isabella entrou linda e com um lindo sorriso em seu rosto. 

- Oi Jasper. 

- Oi Isabella. Bom eu já vou indo. Tenho alguns pacientes pra ver. Até mais. 

Jasper saiu e chamei Isabella com dedo. Ela veio sorrindo e sentou-se sem cerimônias em meu colo. 

Estávamos cada vez mais confortáveis um com o outro. 

- O que minha adorável esposa deseja? 

É claro que eu não perdia uma oportunidade de provoca-la. Ela me socou. 

- Eu quero saber o que deseja comer no jantar de hoje? 

- Além de você. 

Sorri com o vermelhão que tomou conta de seu rosto. 

- Vai se aventurar na cozinha Isabella? Acho que vamos ter que pedir pizza. 

Disse brincando. 

- Acho que tem um marido que vai ter que dormir no sofá mais uma vez. 

Ela fez um bico lindo e não resisti e a beijei. É claro que conosco nunca era só um beijinho. E logo estávamos arfantes. 

- Que tal jantarmos fora hoje? Nunca fizemos isso. 

- Tudo isso é medo da minha comida Cullen? 

- Não. Serio o que acha? 

- Certo. Vou pra minha sala agora e não se esqueça de que em meia hora temos uma reunião com o detetive. Espero-te lá. 

Ela saiu e eu analisei aquele corpo maravilhoso tendo ideias perversas para a nossa noite. 



PDV de Bella 



Ainda faltava meia hora para a chegada do detetive então resolvi ligar pra Rose pra saber se ela conversou com nossos pais. 

Rose disse que eles não negaram que ela era adotada, mas não explicaram bem os motivos de não terem falado isso antes. Falaram que era para ela não se sentir diferente mais isso não colou. 

Sem muitas respostas Rose acabou aceitando o motivo que nossos pais deram, mas eu não estava convencida. Havia algo mais por trás. 

Em seguida Edward veio até minha sala e logo o detetive Mike Newton estava a nossa frente. 

- Então detetive? O que descobriu? 

O detetive coçou o queixo. 

- Bom o que posso dizer é que seus pais não estão envolvidos com a máfia. Não devem dinheiro a governo ou a instituições bancarias. Então tive que partir para a vida pessoal. As mães de vocês são pessoas simples sem passado comprometedor. Em relação aos pais de vocês eu consegui uma fonte que... disse algumas coisas. 

- Coisas? Que coisas? 

- Sabe com dinheiro conseguimos o que queremos, e com o orçamento que me permitiram usar consegui uma pessoa que falasse. Investiguei tudo. Toda a vida dos seus pais. Não gosto de dar este tipo de noticia, mas seu pai Sr. Cullen tem algumas... tem um passado provavelmente não revelado. Seu pai teve um caso extraconjugal Sr. Cullen. 

- Como é que é? 

Edward quase saltou do sofá. Coloquei minha mão em sua perna na tentativa de acalma-lo. 

- Explique isto melhor. 

- Sim. Descobri que o Sr. Carlisle Cullen teve um envolvimento com uma secretaria da Cullen empreendimentos enquanto já era casado com a Sra. Cullen. Isto foi antes da adoção de você Sr. Cullem e seu irmão. 

- Quem era está mulher? 

- Deixe-me ver aqui, ah sim o nome dela é Claudia. Claudia Gonzáles é de origem latina. Peru se não me engano. Ah, e ela morreu ao dar a luz uma menina. E essa menina... 

Ele não precisava dizer mais nada eu já sabia de quem se tratava. 

- É Rosálie. O nome da menina é Rosálie Swan. 

Falei pra meu espanto e o de Edward. 



Continua...