sábado, 27 de julho de 2013

Casamento de Aparências: Capítulo 18



 PDV de Bella











Ele segurou meu braço e logo eu já estava em seu colo o beijando loucamente. Ele segurou firmemente minha cintura, suas mãos então passando por minhas coxas. Levantando meu vestido.







- Eu te amo Bella. Muito. Loucamente. Insanamente. Não quero perde-la.







- Não vai. Nem sua culpa, que você não tem, mas que sente irá me separar de você.







Continuamos nos beijando naquela estrada praticamente vazia.







- Eu quero você. – disse a ele enquanto beijava seu pescoço.







- Aqui?- perguntou surpreso.







Assenti mordendo o lábio. Excitada com o momento e temerosa por sua recusa.







- Hum... Então vamos cometer uma transgressão hein senhora Cullen. – disse me beijando e fazendo meu corpo arder por ele. Somente por ele.







*********







- Bella? – ouvi Edward me chamar.







Eu estava ajoelhada em frente à privada no banheiro de nosso quarto há pelo menos 20 minutos colocando tudo o que podia e o que não podia pra fora.







Foi assim que ele me encontrou. Seu rosto ficou subitamente preocupado.







- O que foi? Está se sentindo mal?







- Sim. – falei lentamente tentado evitar novo enjoo. – Acho que foi o salmão do almoço. Eu já não estava bem antes. Não devia ter comido e repetido.







- Vem. Vem deitar um pouco, e hoje não vai voltar ao trabalho. Na verdade nós dois não vamos, vou cuidar de você.







Sorri sendo carregada por ele para a cama.







- Vai cuidar de mim?







- Sim. Vou fazer um chá pra você... No momento que eu souber que chá devo fazer.







Ri do seu jeito doce. Essa nova faceta de sua personalidade era encantadora e me fazia ainda mais apaixonada.







- Meu querido marido eu adoraria que ficássemos em casa, mas temos uma reunião importante na empresa então um de nos terá que ir.







Ele fez uma careta.







- É verdade. Havia me esquecido. Bom eu vou e você vai ficar descansando e vou pedir a Rita que faça algo pra você tomar ou seria melhor um médico.







- Não exagere Edward. É só um mal estar.







- Certo. Tenho que ir nessa reunião. Te ligo.







Ele me beijou levemente e saiu.







A tarde passou arrastada e após um chá e remédios me sentia melhor. Edward ligou varias vezes.







No outro dia, na empresa, eu fui até a sala de Rose. Hoje era seu último dia trabalhando. Ela já havia avisado que sairia mesmo contra protestos de Carlisle e Charlie.







Ela não estava em sua sala, mas resolvi esperar foi quando algo em seu computador me chamou a atenção.







Na tela estava aberto um site de... Como era o nome daquilo mesmo? Fanfiction? Pelo que pude perceber era um site de historias escritas por anônimos baseados em seus livros ou filmes favoritos. Na página que estava aberta era uma historia baseada na saga de livros de vampiros, e as autoras eram Nilcia e Ju Beija Flor. Comecei a ler e me interessar pela historia quando Rose chegou.







-Bella? O que faz aqui?- ela disse percebendo que eu havia olhado seu computador.







- Vim me despedir e te dizer boa sorte no que quer que você vá fazer.







- Obrigada.







Olhei novamente para a tela do computador.







- Mas o que é isso que está no seu computador?







- Ah é uma coisa ai...







Minha cara entregou minha curiosidade.







- Eu quero escrever sabe Bella. - minha boca abriu.







- O quê?! – ela perguntou.







- Você?! Escrevendo?!







- Qual é? Eu sou boa. E nesses sites as meninas escrevem e tal... E aí me deu motivação.







- Que... Legal. Como disse antes te desejo boa sorte.







Voltei para minha sala. E meu celular tocou. O numero era desconhecido eu rezei pra que não fosse ninguém daqueles telemarketing, e não era. Era James.







- James eu não sei. – falei quando ele me convidou para almoçar.







- Bella não é justo. Da última vez apenas você falou, e não me deu a oportunidade de falar.







Suspirei.







- Eu prometo ser breve.







Eu sabia que não devia aceitar, mas me vi dizendo sim. Eu tinha que avisar Edward. Não mentiria pra ele. Ele havia saído para uma reunião e seu celular estava desligado. Então enviei uma mensagem a ele.







“Edward



Eu estou indo almoçar com James, no restaurante Maison, no centro. Por favor, não se zangue. Ele me pediu uma chance para se desculpar. Volto logo. Eu te amo. Bella”







Dirigi-me ao restaurante esperando que Edward me retornasse o mais breve possível, e que não ficasse chateado comigo.







James já me esperava no local combinado. Sorriu a me ver.







- Olá James. – disse estendo minha mão para ele.







- Olá minha rainha.







Revirei os olhos para seu cumprimento. Sentamo-nos, e eu o encarei.







- Então? O que deseja?







- Palavras bem apropriadas minha querida.







- James, por favor...







- Bella deixe-me falar, sim.







O garçom veio até a mesa, e eu pedi apenas uma água. James tomava uma taça de vinho.







- Eu sei que me pediu para me afastar de você por conta de seu casamento, mas eu não posso conviver com isso Bella. - James falou.







- James...







- Bella escute. Este seu casamento é fadado ao fracasso. Um casamento que começou apenas de aparências não pode dar certo.







- Se é isso que tem a me dizer não temos mais nada que conversar. – falei fazendo menção de me levantar.







- Espere. – James segurou meu braço me fazendo desistir de levantar. - Há outra coisa que quero te dizer.







Esperei por suas palavras e nada me preparou para o que eu ouvi.







- Eu devia ter lhe contado isto há muito tempo. Mas como dizem só damos valor a algo quando o perdemos... Bella eu sou apaixonado por você.







- James não deve dizer isso...







- Eu a quero para mim.







- Pare com isso James! – me levantei e ele me acompanhou.







- Ele jamais a amará com eu a amo.







- Eu vou embora. –falei e tão rápido quanto era possível ele me agarrou e me puxou esmagando seus lábios aos meus.







Coloquei minhas mãos em seu peito tentando empurra-lo. Quando consegui me separar dele, ao olhar para o lado vi Tanya Denalli e Edward me encarando.







- Ops! Acho que atrapalhamos algo Edward.







A loira disse maliciosamente e na hora eu entendi. Era uma armação. Olhei nos olhos de meu marido, mas nada pude ler de sua expressão.











PDV de Edward











- Eloise, eu estou indo aquela reunião no centro e se alguém quiser me contatar terá que esperar que eu consiga carregar meu celular, pois a bateria morreu.







Disse a minha secretaria enquanto já me encaminhava para a saída.







- Sr. Cullen. – ela colocou a mão tapando para quem quer estivesse não nos ouvisse - Há uma moça na linha e ela está sendo muito insistente. Ela disse que ligou para seu celular, mas como disse está descarregado.







- Ok. Quem é?







- É Tanya Denalli.







Fui até Eloise pegando o telefone de sua mão.







- Tanya?







- Oh Edward que dificuldade falar com você.







- O que quer Tanya? Estou atrasado para uma reunião.







- Oh me desculpe, mas eu preciso falar com você sobre algo importante. Poderíamos almoçar no centro no restaurante de sempre?



Pensei a respeito. Eu estaria livre no horário do almoço, no entanto gostaria de avisar Isabella.







- Certo Tanya. Encontramo-nos no restaurante.







- Às 12hs, ok?







- Combinado.







- Até logo querido.







-Eloise avise Isabella que irei almoçar com a senhorita Tanya Denalli no restaurante Maison. Eu vou tentar carregar meu celular e ligo pra ela.







- Certo senhor.







Pedi a secretaria do local onde ocorria a reunião que carregasse meu celular. A reunião tomou toda minha manhã, e concentrado nela não me lembrei de verificar se meu celular já estava disponível. Ao final da reunião já era quase hora de meu encontro com Tanya então saí rapidamente. Iria verificar minhas chamadas durante o almoço com Tanya.







Ao chegar à frente do restaurante Tanya me esperava.







- Oi Tanya. O que faz aqui fora? Por que não entrou e pediu uma mesa para nós?







- Ah eu estava tomando um ar querido. Vamos?







- Claro.







Ela enganchou em meu braço e entramos. O garçom já conhecido por mim me recebeu nos guiando a uma mesa, mas antes que eu completasse meu caminho vejo uma figura conhecida.







Isabella.







- Não é sua esposa ali Edward?







- Sim. É ela.







E ela estava com James. Quando garantiu a mim que não iria mais se encontrar com ele. Dirigi-me a mesa que eles estavam e em pé vejo James beijá-la.







Não tenho reação nenhuma por um momento.







- Ops! Acho atrapalhamos algo Edward.







Tanya diz e com isso eu saio da letargia em que me encontro.







- Como ousa colocar as mãos na minha mulher seu cretino!







Avancei pra cima dele.







Fui contido por um par de mãos em meu peito. Isabella.







- Edward não é nada disso...







- Que ele está pensando? Hum desculpinha esfarrapada hein Isabella.







Tanya disse fazendo Isabella a olhar furiosa.







- Bella...







Sou atrapalhado pelo som de uma mensagem em meu celular. Era de Bella. Uma mensagem atrasada.







Edward



Eu estou indo almoçar com James, no restaurante Maison, no centro. Por favor, não se zangue. Ele me pediu uma chance para se desculpar. Volto logo. Eu te amo. Bella







Olhei do celular para ela, e ela leu o que acabei de ler.







Peguei sua mão.







- Vamos embora amor. – falei e ganhei um sorriso lindo dela.







Viramos-nos para sair, porém antes disso Isabella se voltou para eles e disse.







- O plano foi bem pensado, mas não deu certo então... Aproveitem o almoço juntos.







Saímos para a rua seguindo para nosso apartamento.







Ao chegarmos em casa. Almoçamos algo rápido que Rita fez ao nos ver em casa. Evitamos o assunto durante a refeição. Mas era obvio que teríamos que falar sobre o que acontecera.







Estávamos na varanda.







- Edward nós temos que falar sobre o que houve hoje.







- Sim. Nós temos.







- Você... Você pensou que eu... Que eu...







- Bella... eu não pensei em nada no momento eu só queria arrancar a cabeça daquele cretino.







Respirei fundo.







- Foi uma armação.







Assenti.







- Edward... Tânia e James armaram isso.







- Eu saquei só não entendo o porquê...







- Já pensou na possibilidade de ela ser apaixonada por você.







Continua...









Casamento de Aparências: Capítulo 17




PDV de Bella







É claro que eu não estava me sentindo cômoda em ir visitar Carmem com Edward, mas era meu dever estar com ele, decididamente tomei para mim a responsabilidade de mostrar a ele que em meio em meio a tudo isso o verdadeiro culpado não era ele.







Se alguém teve culpa esse alguém foi Carmem, ela era a adulta. Edward era somente um adolescente de 17 anos que tinha seu emocional equilíbrio perturbado por tudo o que foi obrigado a passar na vida desde criança.







Apesar de tudo não era realmente Carmem quem me irritava... era Tanya. Ela sim fazia Edward se sente culpado, ela sim só piorava a situação.







Todos os meus instintos gritavam que Tanya era um perigo para meu casamento, tudo em mim me alertava que se eu não tomasse cuidado perderia Edward, pois eu não seria capaz de competir com elas.







Tanya e Carmem ainda dominavam o mundo de Edward, elas ainda eram sua prioridade e eu ainda não sabia exatamente como lutar contra isso, mas definitivamente eu não estava disposta a desiste do meu marido e eu não desistiria.







-Bella, eu não sei exatamente como está Carmem, a situação pode ser constrangedora, mas, por favor, lembre-se que amo você. –Edward disse quando chegamos a recepção da clinica.







-Não se preocupe, eu confio em você. –disse a ele me abraçando ao meu marido antes de seguimos em frente.







Mesmo estando cheia de inseguranças eu precisava confiar ou não seguiríamos com nosso casamento, eu não seria capaz.







Eu somente o soltei quando chegamos próximos ao quarto, não quisemos deixar Carmem agitada demais já bastava minha presença.







Edward bateu na porta e logo ela foi aberta com uma Tanya sorridente aparecendo ao ver Edward ali, mas seu sorriso morreu no exato momento em que me viu.







É, ela realmente não me queria por perto e eu muito menos a queria estar por perto, mas eu não daria brechas a ela.







-Olá Tanya, como ela está?-Edward perguntou entrando e me puxando discretamente pela mão para que entrasse junto, mas Tanya se colocou na frente dele impedindo que o mesmo continuasse a se mover. –O que foi?-ele questionou ao notar a atitude da mesma.







-É melhor ela ficar lá fora. –Edward arqueou as sobrancelhas em uma pergunta mudar para Tanya. –Mamãe está agitada, não é bom ter estranhos por perto. –a loira murmurou com ar falsamente inocente.







Ele balançou a cabeça de forma negativa e ar pensativo.







-Se quiser posso esperar lá fora. –ofereci.







-Não é preciso, eu a chamei aqui e você vai onde eu for.







Eu segue Edward como foi sua vontade, mas não me aproximei de Carmem o deixando e só até ela.







Foi difícil para mim fazer isso, mas difícil ainda foi ficar ali sem explodir.







-Edward meu amor você veio, oh querido eu sente tanto a sua falta. –escutei Carmem dizer a meu marido.







E como doeu escutar essa frase, escutar a confirmação de que um dia eles se amaram e de que eu não poderia fazer nada para mudar essa realidade.







-Eu também querida. –Edward parecia hesitante ao pronunciar as palavras ditas por ele.







Carmem insistia em tocá-lo a todo instante, Edward estava visivelmente desconfortável com isso e eu tinha certeza que era porque eu estava ali, mas ainda sim ele era carinhoso na medida do possível com ela e a mesma parecia bem feliz.







-Por que não desiste dessa farsa de casamento? Ver como eles estão lindos e felizes juntos? Acha que pode concorrer com isso?-Tanya destilou seu veneno se aproximando de mim.







Fechei os olhos respirando fundo, eu não poderia agir impensadamente.







Eu iria responder exatamente como Tanya merecia, mas eu não era mulher de fazer cena, então discretamente sai do quarto e fui atrás de Jasper tinha algo importante a tratar com ele.







-Perdão, onde fica a sala do doutor Halle?-perguntei parando uma enfermeira no caminho.







-Nesse horário o doutor Halle não atende ninguém senhora. –ela disse.







-Bom, eu não sou paciente, sou a esposa do primo dele, então creio que ele me atenderá.







-Bom, nesse caso vou levá-la a sala dele.







-Obrigada. –eu disse a seguindo.







[***]







-Eu sinceramente jamais pensei que Edward fosse contar a você. –Jasper comentou quando eu já estava em sua sala.







-Edward só precisa que alguém o compreenda Jasper, nada mais.







Ele assentiu.







-E você será capaz de fazer isso até o fim Bella? Vai conseguir suportar toda a atenção que Edward dar a Carmem.







-Acho que somente o fato de eu está aqui já respondi sua pergunta Jasper. –murmurei.







-Sim, você tem razão. Bella preciso te contar uma coisa que não contei nem mesmo a Edward ainda por falta de coragem. –ele me disse sério.







-Sou toda ouvidos.







-Carmem está morrendo, só tem cerca de dois ou três mês de vida e eu não faço ideia de como Edward irá reagir. Você deve saber que ele se culpa mesmo não tendo culpa de nada.







Suspirei.







Edward sairia muito abalado de tudo isso.







-Quero que me diga exatamente qual a causa da doença de Carmem. –falei.







-Bella mal de Alzheimer é uma doença degenerativa e mesmo tendo muitos estudos sobre o assunto ainda não sabemos a causa, mas o maior fator de risco é a idade...







-Mas Carmem ainda é jovem. –o interrompe.







-Verdade, isso é porque o caso de Carmem não é tão comum, no caso dela foi genético, mas Edward por algum motivo colocou na cabeça que se trata de algo emocional e sendo assim acredita ser sua culpa. –Jasper explicou paciente.







-Por que ela está morrendo?-perguntei.







-Um paciente com essa doença vive de 4 há 8 anos, mas há casos raros em que viveram até 22 anos. Carmem foi um desses casos, ela já convive com a doença há 14 anos.







-Só te peço uma coisa Jasper quando decidir contar a Edward me ligue imediatamente, por favor, não o quero só nesse momento.







-Fique tranquila, farei o que me pedi.







-Obrigada. –eu disse me levantando e apertando sua mão.







Eu precisava voltar para onde Edward estava.







PDV de Edward







-Onde está Bella?-perguntei a Tanya ao ver que minha esposa não estava na sala.







-Não sei, acho que ela não suportou vê-lo com minha mãe e se foi. Vai ver ela não suporta saber que você é culpado pelo estado da minha mãe. –doeu ouvir isso.







-Eu não fiz por mal, eu...







-Você a amava, não estou te julgando Edward apenas constatando. –ela me interrompeu.







-É melhor eu ir em busca de Bella. –falei.







-Quando você volta, nós precisamos de você.







-Logo Tanya, logo. –respondi olhando para Carmem que agora dormia.







[***]







-O que há meu amor?-Bella perguntou quando já estávamos no caminho de volta para casa.







Esse tempo todo estávamos em silêncio.







-Não é nada. –murmurei olhando fixamente para a estrada.







-Se não é nada por que me parece tão estranho?-ela questionou suavemente.







-Eu apenas escutei verdades hoje. –sussurrei sem querer mentir para minha esposa.







-Verdades? Que verdades?-Bella se preocupou.







-Tanya me disse que sou o culpado pelo que acontece a Carmem e que você saiu de lá porque não suporta saber que eu sou o culpado.







Ela abriu a boca parecendo chocada.







-Eu não sai porque te acho culpado, muito pelo contrário, para mim você é e sempre será a pessoa mais inocente dessa história toda. –minha esposa rugiu. –Por favor, meu amor não volte a repete um absurdo desses e muito menos a crer.







-Como quer que eu não acredite? Você viu o estado de Carmem, viu o que eu fiz com Tanya. Que espécie de homem sou eu? Um monstro?-eu falava alterado.







-Um mostro? Edward pare de falar tolices! Um monstro é a última coisa na vida que você pode ser. Acha que eu me casaria com você se não acreditasse em seu caráter?







-Você se casou comigo porque acreditava que a empresa estava em risco. –constatei triste.







-É claro que não! Edward desde a primeira vez que o vi eu me fascinei por você, eu sempre enxerguei em você aquilo que ninguém mais foi capaz. A fuga de Rose no fim foi apenas um meio para as coisas se tornarem como deveriam ser desde o inicio.







-Como pode ser?-perguntei mais para mim que para ela.







-Eu amo você. Você pode não acreditar, pode acha que não é verdade, mas é e se preciso for eu vou lutar contra você mesmo para te salvar...







-Bella... –tentei interrompê-la







-Não. Eu comecei e agora vou até o fim. Edward, eu sei que te custa acreditar, mas você não é culpado e no fim Tanya só usa seus sentimentos de culpa na intenção de te manipular.







-Isso não é verdade. –eu disse firme.







-É sim, só você não ver. Para o carro. –ela falou.







-Quê?







-Para o carro. –Bella repetiu e pude notar que sua voz estava tremula.







Oh não eu a fiz quer chorar.







Eu parei o carro e Bella se soltou do cinto pronta para saltar do veículo, eu segurei seu braço.







-Não vá. –pedi.







-É melhor eu ir, não quero brigar com você, não quero magoá-lo, não quero ser a causa das tuas lágrimas. –ela respondeu sincera.







-Você é o único motivo que me faz sorrir, como pode ser a causa das minhas lágrimas? –questionei olhando profundamente em seus olhos ainda segurando seu braço.







Continua...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Casamento de Aparências: Capítulo 16


PDV de Bella 



Eu estava olhando a paisagem pela sacada do hotel. Senti um par de braços me envolvendo. Meu marido colocou seu rosto na curvatura do meu pescoço. Sorri. Havíamos viajado em uma pequena lua de mel, já que não tivemos quando nos casamos, no entanto também não podíamos nos afastar muito tempo da empresa. 

Fazia quatro dias que estávamos em Miami, na Florida. Passamos dias maravilhosos entre curtir o sol e a praia. Sem sermos incomodados por ninguém. Nem a imprensa sabia onde estávamos. Nem nossos familiares. 

Era somente eu e Edward. 

- Não quero voltar. - disse a ele enquanto me virava para abraça-lo. 

- Ainda temos dois dias aqui. Vamos aproveitar ao máximo. - ele disse sorrindo. 

- Soube noticias de sua mãe?- indaguei passando minhas mãos por seus cabelos. Ele fechou os olhos apreciando meu carinho. 

- Sim. Liguei pra ela. Não vai acreditar onde ela disse que está. 

- Onde? 

- Fazendo compras... com Rosálie. 

Abri minha boca em descrença. 

- Nossa! Isso que é mudança de posição. 

- Quem não ama minha mãe quando a conhece melhor? É impossível resistir à dona Esme. 

- A conversa delas deve ter sido muito boa. 

- Foi sim. Minha mãe explicou que jamais permitiria que meu pai a abandonasse se soubesse da existência dela. Que ela seria filha que ela sempre sonhou. 

- É. Rosálie não teve chances contra o amor e carinho de Esme. Mesmo minha irmã sendo uma turrona como às vezes é. Então agora ela está de bem com Esme e de mal comigo e com seu pai? 

- Parece que sim. Isso ainda a chateia? 

- Um pouco, mas não vou mais me preocupar com isso. Um dia ela vai perceber a besteira que é fazer isso. Agora eu só quero me preocupar com você. 

- Comigo?- ele disse sem entender. 

- Sim. – sorri maliciosamente. – Preciso dar toda atenção a meu marido. 

- Hum... acho que começo a entender seu ponto de vista senhora Cullen. 

Edward me levou até a cama e cobriu meu corpo com o seu. Olhou-me profundamente. 

- Por que demorei tanto pra aceitar que amo você? 

Ele perguntou mais a si mesmo do que a mim. Eu sorri mostrando que não importava, o que importava agora era que nos amávamos. Puxei seu rosto para o meu e o beijei lentamente saboreando o gosto delicioso do meu marido. 

Ele me acariciou lentamente. Tirou minhas roupas, e eu as dele. Ele me colocou por cima e eu cavalguei nele sentindo suas mãos em minha cintura. Sua boca em meus seios. Seu membro dentro de mim. Fizemos amor varias vezes. 

- Eu te amo. 

Ele dissera quando eu estava deitada em seu peito acariciando os poucos fios de seu peito. Levantei meus olhos vendo seus olhos verdes não mais misteriosos, e sim cheios de amor. 

- Eu também. Te amo muito. 

Fechei meus olhos e aproveitei os carinhos que ele fazia em meus cabelos. 

- Bella... O que pensa sobre... Filhos? 

- Filhos?- perguntei surpresa. 

- É. Nunca falamos sobre isso. 

Olhei para ele novamente. Seu rosto estava calmo e tranquilo. 

- Eu quero filhos. - disse sinceramente - Não sei se agora, mas... quero muito. E você? 

- Eu quero também. Penso em adotar também. O que acha?- perguntou. 

- Acho a adoção umas das mais lindas formas de amor ao próximo. - falei. – Quero muito isso com você Edward. Uma família. 

Após eu dizer isso vi a sombra voltar aos olhos do meu marido. 

- O que foi?- indaguei 

- Eu... Quando você falou em termos uma família, meu peito se aquece com esta possibilidade, mas... A culpa também me corroí. Eu destruí uma família. 

Sentei-me apoiada nos joelhos e coloquei minhas mãos ao lado do deslumbrante rosto do meu marido. 

- Por favor, Edward não pense assim. Já disse que não foi sua culpa. 

- É mais forte que eu Bella. Não consigo parar de me sentir culpado. 

- Meu amor ninguém tem culpa nesta historia, mas se eu fosse culpar alguém seria a própria Carmen. 

- Bella... 

- Eu sei. Eu sei que ela é uma pessoa doente, e que está pagando por tudo. Mas Edward você era um garoto, e ela era mulher casada e com responsabilidades. 

- Não vamos mais falar nisso. Não quero estragar nosso momento. 

Ele disse me puxando sobre seu corpo e me fazendo esquecer momentaneamente daquilo que tanto o machucava. Eu detestava vê-lo assim, sentindo tanta culpa por algo que ele não tinha culpa. Eu faria de tudo para que ele pudesse superar isso. Eu o amaria de todas as formas possíveis. E, ele um dia, iria superar essa dor e ser totalmente feliz. Ao meu lado. 



PDV de Edward 





Estava esperando os carregadores buscar nossas malas no hotel, em Miami, quando senti meu celular vibrar. Era Tanya. 

- Oi Tanya. Tudo bem?- falei assim que atendi. 

- Tudo mais ou menos Edward. Mamãe está agitada e fica perguntando por você. Quando irá visita-la? 

- Assim que for possível Tânia? Estou viajando. – falei e vi Isabella entrar no quarto, chamei-a para que viesse para meus braços. Ela prontamente veio. 

- Mas Edward você quase não vem. Acho que está nos abandonando. - Tanya disse manhosa. 

- Pare com isso Tânia! Sabe que nunca vou deixar vocês passarem necessidades. - Isabella tentou sair do meu abraço, acho que querendo me dar privacidade, mas não era necessário, agora ela já sabia de tudo. E era um alivio ter ela a meu lado. 

- Não sei. Você está tão diferente. 

- Estou indo para Los Angeles hoje. Amanhã passo aí na clínica, ok. 

Desliguei o celular e abracei ainda mais minha esposa enterrando meu rosto em seus cabelos macios. 

- O que Tânia queria?- ela perguntou calmamente. 

- Ela disse que Carmem está agitada. – suspirei - Às vezes ela fica assim, às vezes... é... 

Respirei fundo. 

- Tanya estava te cobrando por não ir lá? 

- Não sei se é cobrança. 

Percebi que ela franziu o cenho. 

- O que foi?- perguntei. 

- Edward, posso ser sincera?- perguntou. 

- Essa é uma das suas qualidades. - respondi vendo-a sorrir de canto. 

- Não gosto desta Tanya. Eu sei pelo que ela passou e sinto muito, mas... Não sei... tem algo nela. 

- É só impressão amor, ela é uma boa moça. Confesso que meio difícil às vezes, mas é uma boa pessoa. 

Isabella fechou a cara. 

- Se você diz. Espero que não esteja enganado. 



***** 



Voltamos para Los Angeles e fomos diretamente para nosso apartamento. Tivemos uma grande surpresa ao chegarmos a nossa casa. Rosálie nos esperava sentada em nossa sala de estar. 

Ela levantou-se ao nos ver, e parecia meio constrangida. 

- Eu gostaria de falar com você Bella. Seria possível? 



PDV de Bella 



- Se precisar se algo é só chamar. – Edward disse com o semblante serio. 

Pude vislumbrar um meio sorriso por parte de Rose. 

- Pode deixar. – falei lhe dando um beijo. 

Edward saiu, e eu me sentei à frente de rose no sofá oposto ao que ela estava. 

- Nossa ele é superprotetor em relação você!- ela observou. 

- Não foi pra falar da proteção de Edward que veio aqui, pode falar Rose. O que quer?- Fui grossa? Fui. Mas não aguentava mais levar patada dela. 

Ela sentiu o baque. Pois ficou envergonhada. Eu conhecia a irmã que tinha. 

- Bella... Eu vim me desculpar. Desculpe por todas as minhas besteiras eu... Não sei o que deu em mim. Culpar você? Você? Minha irmã que até em meu lugar casou. Acho que tudo isso... Toda esta descoberta me deixou sem chão. 

Eu a escutava seria. 

- Também descontei em Esme que não tem nada a ver a com a historia... É tão vitima quanto eu. 

- Vocês estão se dando bem?- perguntei já sabendo que sim. 

Rose sorriu pela primeira vez. 

- Sim. Ela é um doce. Não tem como não se apaixonar por ela. É amiga e correta. * 

- Que bom Rose, fico feliz por você. 

- E quanto a você Bella? Pode me desculpar? Tenho que pedir desculpas a Edward também por ter ofendido Esme. 

- Não se preocupe. Edward não liga para estas coisas. 

- Ele é muito apaixonado por você Bella. Precisava ver como a defendeu quando conversamos. Ele quase me bateu quando a ofendi. - ela baixou a cabeça - Desculpe por isso. 

Então Edward tinha ido falar com ela? Mesmo eu tendo pedido que não fosse? Era para eu ficar brava, mas não. Era mais uma prova que ele me amava. 

- Tudo bem Rose. Não vou dizer que não fiquei chateada por que fiquei, mas eu conheço minha irmã cabeça dura. - sorri pra ela. Eu não conseguia ficar chateada com ela, e fora isso todo amor que andava transbordando em mim não me deixava ficar triste agora. 

- Posso te dar um abraço?- ela pediu. 

- Claro. Venha cá. 

Rose e eu nos abraçamos por longos minutos. 

- Bella seus olhos estão tão brilhantes. Você está diferente. O que aconteceu?- ela perguntou. 

Desviei meus olhos dos dela timidamente envergonhada. 

- Edward... Confessou que me ama. E eu também disse isso a ele. Estou feliz. 

- Ah irmã que bom. Mas isso tava na cara só vocês dois que não enxergavam. E sobre o tal segredo? 

- Não há mais segredo. Ele me contou tudo. 

- Jura? Fala-me. O que é? 

Eu neguei de cabeça. 

- Jamais vai ouvir nada da minha boca sobre isso. Ele confiou a mim e jamais vou trair sua confiança. 

Rose me olhou boquiaberta. Eu jamais escondia nada dela. 

- Nossa! Mas bem... Não deve ser nada serio se não você não estaria com ele nesse love todo. 

Não respondi. Este assunto pertencia somente a mim e a Edward. 

- Eu vou sair da empresa. - ela disse de repente. 

- O que?! Por quê? 

- Ah não estou querendo ser a rebelde nem nada disso. Eu só quero fazer outra coisa. 

- Tem algo em mente?- indaguei. 

- Sim. Mas no tempo certo você irá saber. 

Rose foi embora pouco tempo depois me contando que sua relação com Carlisle ainda não era das melhores, mas que era questão de tempo para melhorar já que conviviam. 

Edward retornou pouco depois me observando. 

- Está tudo bem?- perguntou receoso. 

- Sim. Está. Mas e você? Parece-me tenso. O que houve? 

- Tânia me ligou novamente. Ela quer que eu vá ver Carmem. 

- Então vá. - disse rapidamente. 

- Eu... Eu quero que venha comigo. - ele disse me avaliando. 

Por esta eu não esperava. 

- Não tenho mais segredos com você. Você é minha esposa. A mulher que eu amo. Quero dividir tudo com você. É claro que se não se sentir confortável... 

- Não. Eu vou. Mas... Ela sabe sobre nós? 

- Quando Carmem está lúcida é uma ótima pessoa. 

Não sei por que, mas algo dentro de mim se revirou ao ouvi-lo se referir a ela desta forma. Tão carinhoso. Afinal ele foi apaixonado por esta mulher. 

- Ela sabe sobre nós, e queria muito conhecê-la, mas... 

Ele parou parecendo pensar em algo. 

- Mas? 

- Mas quando ela não está lúcida... Às vezes é... Estranho. Ela está em outra época. Pode ser constrangedor. Mas mesmo assim eu quero que venha comigo. 

Sorri para ele. 

- Eu vou. 

- Certo. Então vamos. 

Saímos do nosso apartamento em direção à clínica. 

Continua... 






Casamento de Aparências: Capítulo 15




PDV de Bella 



Edward não esperava por isto, isso ficou bem claro em sua expressão de surpresa. Acho que nem eu esperava, mas se eu não falasse agora explodiria a qualquer momento. Já não era possível manter isto preso no peito. 



-Bella, eu... –ele começou se aproximando de mim, mas eu fiz sinal para que parasse. 



-Não precisa dizer nada, eu não espero que sinta o mesmo por mim, eu sei que... –eu não pude continuar, seus lábios grudaram-se aos meus. 



Foi um beijo diferente da maioria daqueles que já trocamos, foi doce, intenso, foi de entrega total. Pela primeira vez eu pude sentir Edward realmente ali por inteiro, sem restrições. 



Era como se pudéssemos ler as linhas do coração um do outro, como se nossas almas tornassem-se uma só. 



-Não sei como isso é possível, não sei como pode me amar depois do que eu lhe disse, mas sei que a amo Bella, amo como jamais pensei ser capaz de amar. 



Lágrimas silenciosas escorreram por meus olhos, lágrimas de emoção, lágrimas de felicidade, amor. 



-Há certas coisas na vida que não precisam de explicação e essa é uma delas. – murmurei tocando em seu rosto de anjo, enquanto ele contornava minhas lágrimas as limpando. 



-Minha Bella. –meu marido sussurrou. 











Edward me prendeu em um abraço onde não cabia mais ninguém, onde o mundo não importava, onde me sentir protegida como nunca antes, tendo a certeza de que nada poderia nos atingir. 



-Obrigada por me apoiar, por não me julgar por mais que eu mereça. 



-Sabe que não penso assim querido e nada vai me fazer mudar de ideia. –busquei seus lábios outra vez em um beijo apaixonado. 



Edward ergueu-me em seus braços me guiando para o nosso quarto, nós precisávamos nos amar, de certa forma precisávamos recomeçar. 



Agora já não existiam mais segredos entre nós, as cartas estavam na mesa e ambos se tornaram livres para amar como deveria ter sido desde o inicio. 



Ele deitou-me sobre a cama como se eu fosse o ser mais frágil do mundo e como estivesse admirando meu corpo sob um novo olhar ele retirou cada peça de roupa que cobria meu corpo e de certa forma era sim um novo olhar. O olhar de um homem apaixonado por sua esposa, olhar de um homem que já não precisava ocultar seus sentimentos. 



Este pensamento me fez sorrir. 



Edward se desfez de sua roupas bem mais rápido que se desfez das minhas e a medida com que fomos nos amando a intensidade de nossas caricias aumentou. 



Edward tocava-me e levava-me ao delírio como nunca antes. Cada parte do meu corpo recebeu uma atenção especial dada por ele, mas se demorou mais em meus seios túrgidos e em meu sexo molhado de desejo por ele. 



-Edward... –gemi enquanto sua língua explorava-me com louvor. 



Tudo estava sendo tão especial para nós, tão diferente... Havia mais paixão, mais amor e se possível o desejo e o prazer também haviam aumentado. 



-Eu te amo. –meu marido sussurrou enquanto deslizava para dentro de mim. Agora essas palavras pareciam sair tão mais fácil de seus lábios. –Te quero tanto Bella. 



-Eu também Edward. 



[***] 



Naquele dia a primeira vez que nos amamos foi algo doce e calmo, mas depois tudo se tornou mais selvagem, explosivo. 



Não tenho ideia de por quanto tempo nos amamos, mas duvido que no fim isso fosse importar. 



-Edward... –chamei seu nome enquanto nos amávamos debaixo do chuveiro. 



Ele pressionava meu botão inchado e seus deliciosos lábios estavam em meu pescoço enquanto seu membro duro pressionava meu traseiro. 



Esse homem era maravilhoso! 



-Você é tão gostosa amor, deliciosamente gostosa. – ele murmurou massageando meus seios e chupando o lóbulo de minha orelha. 



PDV de Edward 



Bella era incrível! A cada dia ela vinha se tornando meu vicio insaciável e incurável. 



Ela era perfeita em cada instante, por vezes apaixonada e em outras fogosa como agora, mas sempre completamente entregue. 



Era tão bom senti-la assim, sentir seu calor de mulher ao meu redor, não existiam nada melhor que estar com minha esposa. 



Escutá-la dizer que me amar foi o que de melhor já me aconteceu, na hora eu me sente surpreso, atordoado e mesmo assim o ser mais feliz do mundo. 



A culpa ainda existia dentro de mim, ainda ocupava um lugar em meu peito e não creditava que um dia se apagasse, no entanto, eu me sentia mais leve por não ser obrigado a esconder mais nada de minha esposa, por poder assumir sem medo os meus sentimentos por ela. 



Estando assim com ela o medo de está sonhando desaparecia e eu realmente podia crer que minha esposa era realmente um anjo capaz de perdoar em mim o que termo jamais ser capaz de perdoar. 



-Vem comigo gostosa. –ronronei em seu ouvido quando senti o clímax chegando após está dentro dela por um tempo interminável e que mesmo assim não parecia suficiente. 



[***] 



-Eu poderia passar minha vida aqui com você assim, sabia?-eu disse quando estamos deitados em nossa cama assistindo a algum filme romântico na TV. Bella o escolheu, eu nem mesmo prestei atenção sobre qual era. 



-Idem, mas acho que você não pode, não é? –ela murmurou parecendo triste. 



-Por que diz isso?-perguntei acariciando seus cabelos. 



-Bom, você precisa cuidar de Carmem e Tanya. Nem sempre poderá está comigo, sei que terá que dar prioridade a elas. 



Merda! Bella estava insegura e a culpa era minha. 



Eu podia sentir isso em sua voz. 



-Nada é mais importante para mim que você Bella, nada. –garanti beijando seus cabelos macios e sedosos. 



Dias depois... 



-Amor o que há? Você parece bem chateada. –comentei enquanto me arrumava para ir para a empresa. 



Bella já estava pronta, havia acordado mais cedo que eu. 



-Não é nada. –falou fazendo pouco caso. 



-Como não? Estou vendo como está triste. - sentei na cama a puxando para meu colo. –Me diga. O que há? 



Ela suspirou antes de falar. 



-É Rose. Ela continua chateada comigo sem motivo, tentei ligar para ela quando acordei, mas quem atendeu foi Emmett e ela se negou a falar comigo. 



As irmãs vinham se estranhando há tempo demais para o meu gosto, minha esposa não estava bem com isso o que me incomodava e muito. 



-Falarei com ela. 



-Não, não é necessário. É melhor irmos, estamos atrasados. –ela disse olhando para o relógio em cima da mesinha de cabeceira. 



Falarei com ela mesmo que Bella não queira. Hoje ela não estará na empresa e isso é perfeito para falar com aquela cabeça dura. 



[***] 



Aproveitei minha esposa estava fora para ir até a sala da minha cunhada e claro fui recebido com uma patada. 



-O que quer aqui Cullen? Se for para falar de seu querido papai pode esquecer. 



-Não é sobre ele, você e Carlisle precisam se entender só. É sobre minha esposa. 



-Não quero ouvir nada sobre essa traidora. –ela disse ácida. 



-Mas vai ouvir e não ouse se referir a ela assim outra vez. –ela me olhou estranha. –Se quer descontar sua raiva em alguém desconte em mim, mas não seja injusta com Bella, ela não merece. 



-Você não sabe de nada. Não foi para você que todos mentiram! 



-Isso não é verdade, Bella não mentiu para você, quando ela soube só pensou em contar logo a você. 



-Mas não contou!-ela gritou batendo a mão na mesa. 



-Você estava viajando!-devolvi. 



-Ela podia ter me ligado. –resmungou. 



-Seja sincera Rosalie. Você contaria a Bella algo assim por telefone se a situação fosse contraria?-ela ficou muda. –responda. –Você contaria sabendo que ela ficaria sem apoio algum? 



-Não. –ela grunhiu. 



-Então pare de tratá-la assim, Bella é doce, mas já está cansando de tudo isso e um dia minha querida até os mais doces explodem! 



-Você não é ninguém para me dar lição de moral. Você é igual ou pior que aquela mulher que você chama de mãe. Ela não vale nada. 



-Não ouse falar assim de Esme. Minha mãe é o ser mais especial do mundo e não tem culpa de nada nessa sujeira toda. 



-É claro que tem. Por ela eu fui abandonada! 



-As coisas não são assim e você sabe. 



-Tem razão ela é muito mais pobre. 



Eu iria acaba perdendo o juízo com ela. 



-Não me faça perder o controle Rosalie. –avisei. 



-Por quê? Vai me bater por acaso. 



-Vontade não me falta. –murmurei. Eu não suporto que destratem ou falem mal de minha mãe.



-Eu só disse a verdade Cullen. –ela ergueu o queixo desafiante. –Para mim Esme Cullen não vale nada, por ela eu fui rejeitada. 



-Escute bem sua criaturinha mimada. –rosnei. 



-Edward, filho me deixe a sós com Rosalie. –escutei a voz de minha mãe atrás de mãe atrás de mim. 



-Mamãe... –comecei, mas ela me interrompeu. 



-Por favor, filho. –ela pediu. Eu assentir e mesmo contrariado as deixei a sós, mas antes me virei na direção de Rosalie. –Muito cuidado com o que vai dizer a ela. 



Continua... 






Casamento de Aparências: Capítulo 14




PDV de Bella 



A loira empinou seu nariz e me olhou desafiadoramente. Ah! Ela queria o que?! Que eu descesse a mão na cara dela. Por que era pouco que faltava pra isso. Olhei pra ela. 

- Queira me acompanhar senhorita... 

- Denali, Tanya Denali. Mas não vejo porque devo acompanhá-la. Vim para falar com o Edwa... Com o Sr. Cullen. 

Dei meu sorriso falso, que eu reservava pra algumas ocasiões. 

- Lhe garanto que apreciará muito nossa conversa. 

A vaca loira quer dizer, a moça loira me olhou de cima a baixo e sorriu. 

- É pode ser interessante. 

Segui para a sala de Edward e esperei a loira entrar. Olhei para Eloise. 

- Não nos interrompa ok. 

- Sim, Senhora Cullen. 

Ela me olhou sabendo que negocio estava feio pra minha acompanhante. 

Entrei na sala de Edward e ri mentalmente ao ver a loira olhando uma foto minha e dele que estava na mesa do meu marido. 

Dei a volta e agindo teatralmente sentei na cadeira do Meu! Meu marido! 

- Então senhorita Denali? O que deseja com meu marido? 

- Assunto meu e dele. 

A loira teve a cara de pau de me dizer. 

- Garanto que sei todos os assuntos do meu marido. - Nem todos pensei, mas Tânia não precisava saber. 

- Duvido que o que eu ele temos a tratar você saiba. 

La estava a malicia na voz dela. Ai foi demais pra mim. 

- O que está insinuando, hein? Vá direto ao ponto Tanya. 

Ela permaneceu calada. 

- Acha que não sei que vive ligando pra Edward, e se quer saber ele tem ignorado todas as suas chamadas. 

Tive o prazer de ver a cara de desgosto da loira. 

- Mentira! Edward jamais deixaria de me atender. 

Foi o que bastou para me fazer explodir de vez. 

- O que você tem com meu marido? Vamos fale! 

Tanya se levantou me dando um olhar superior. Nunca odiei tanto uma mulher na vida. 

- Se ele não te disse nada senhora Cullen, não sou eu que vou falar. Agora se me der licença eu tenho que ir. 

- Pode parar ai. – rugi - Não vai sair daqui sem me dar uma explicação. 

- Se quer tanto saber pergunte pro seu marido. 

- Já sei qual é o seu plano. É alguma mulherzinha sem classe que ele comeu e que agora quer me jogar contra ele. Pois saiba que não vai funcionar. Eu e Edward estamos muito bem juntos. É a mim que ele beija todas as noites. - sorri ao ver a cara da vaca loira - É o meu nome que ele geme todas as noites querida. 

Tanya não disse nada e saiu da sala furiosa. Pude saborear minha pequena vitoria por alguns minutos até que me dei conta de que poderia haver mais por trás da historia e de que essa mulher era chave de tudo. Sem pensar muito voei até minha sala pegando minha bolsa e correndo ate a recepção. 

A loira não estava em nenhum lugar, então saí para a rua e a frente do prédio ela esperava um taxi. Perfeito. Fui até meu carro espreitando o momento certo de segui-la. De hoje não passava! Eu iria descobrir o que essa mulher era na vida do meu marido. 

Em seguida um taxi parou e ela entrou. Seguimos por ruas calmas e tranquilas de LA, e eu sempre tomando o cuidado de que o taxista não percebesse que eu os seguia. 

A frente de uma famosa clínica médica ela desceu. Mas espere ai! Esta clinica é do Jasper! O que ela fazia? Será que Tanya também tinha algo a ver com Jasper. A historia ficava cada vez mais estranha. 

Desci e fui até a recepção fingindo procurar um parente. A recepcionista muito simpática se esmerou em me ajudar e foi até o arquivo procurar o paciente que não estava sendo encontrado no sistema da clínica. Aproveitei este momento e entrei corredores adentro. Passei por vários quartos e espiava discretamente. Já estava desistindo quando uma cabeleireira loira me chamou atenção. Escondi-me atrás de uma coluna e vi Tanya entrando em um quarto com uma enfermeira. Esperei alguns minutos, na mais pura ansiedade, e logo elas saíram novamente. 

Devagar e cuidadosamente segui em direção ao quarto. Ao chegar próximo a porta parei. Eu realmente queria saber o que estava ali naquele quarto? Minha mente dizia que sim, meu coração dizia não. Não dando razão a nenhum dos dois entrei no quarto. 

Era um quarto bem decorado apesar de ser de uma clínica. Havia uma varanda e o quarto era repleto de flores e quadros pintados por algum artista amador. Olhando mais atentamente vi que havia algumas telas em branco mostrando que provavelmente quem habitava este quarto era o pintor dos quadros. 

- Quem está aí? 

Uma voz feminina soou através de uma porta que deveria ser o banheiro. Não deu tempo pra eu pensar em reagir e uma mulher na faixa dos 45 anos, talvez mais, apareceu. Apesar da aparência de quem visivelmente estava doente ela era muito bonita. Tinha cabelos compridos negros que chegavam até a cintura, e era maga. Que seria ela? Ou melhor, ela seria “ela”? 

- Quem é você? 

A mulher falou me olhando. Ma antes que eu pensasse em falar uma voz me interrompeu. 

- Com quem está falando mamã... 

Tânia Denalli me fuzilou com o olhar. 

- O que faz aqui?! 

Quase gritou, mas parou ao ver a mulher, desconhecida para mim pelo menos, parada no meio do quarto. 

- Ah legal! Duas enfermeiras pra mim. 

A mulher desconhecida disse. Estranho, ela parecia não conhecer nenhuma de nós. 

- Eu já falei que não sou enfermeira. 

Tanya disse olhando para a mulher. 

A mulher desconhecida pareceu não entender, deu de ombros e foi para a cama ligando a televisão. 

Senti uma pressão no meu braço e logo me vi arrastada por Tânia para fora do quarto. 

- Vai embora daqui! 

- Quem é ela?- indaguei não dando bola pra o que a vaca loira disse. 

- Não interessa!- ela falou. 

- Pode ser do jeito fácil ou do jeito difícil. Do difícil, eu vou até o dono desta clinica que por acaso eu conheço e pergunto o quero saber. Então por que você não me diz e aí eu vou embora. - joguei pra ver se ela caia. 

Ela suspirou. 

- É minha mãe. 

- Sua mãe? Ela nem pareceu reconhecer você. Chamou-te de enfermeira. 

- Ela sofre de Alzheimer. Às vezes não me reconhece. 

Momentaneamente me deu pena da vaca, digo da loira. 

- Eu sinto muito. 

- Satisfeita? Agora por que não vai embo... 

Tanya dizia até ficar branca como papel olhando fixamente para um ponto atrás de mim. Ao me virar, para ver o que ela olhava, dei de cara com meu marido nos olhando perplexo. 



PDV de Edward 



Havia saído pra caminhar. Desliguei o celular e só caminhei por duas horas sem rumo, sem destino. Quantos anos eu não fazia isso? Precisava pensar. Não adiantava mais fugir eu precisava contar a minha esposa tudo o que escondi por tantos anos. Eu queria meu casamento. Não queria perde-la e se eu não tomasse uma atitude logo era isso que iria acontecer. 

Dirigi-me para a empresa e chegando lá minha secretaria me disse algo que quase me fez cair para traz. Tanya havia ido lá e Isabella conversou com ela. Droga! O que elas teriam conversado? Tanya não ia dizer nada. Eu confiava nela. Ela sabia que ninguém poderia saber. 

Perguntei a Eloise por minha esposa e ela não soube me dizer somente que ela havia saído.Verifiquei as câmeras de segurança e vi que Isabella saiu atrás de Tânia. Certamente a seguiu. Não consegui controlar meus passos e voei para a clínica onde provavelmente encontraria minha esposa. 

Corri pelos corredores e estaquei ao ver Isabella e Tanya no que parecia ser uma conversa significativa. 

Tanya me viu e após Isabella também me olhou. Seus olhos não demonstraram nenhuma emoção. Ela só... Olhou-me. 

Aproximei-me delas e vi que Tanya estava assustada talvez temendo minha reação. 

- Eu não disse nada a ela, Edward. 

- Tudo bem Tanya. - falei com os olhos presos em minha mulher. 

Ela me olhou mais uma vez e se pôs a caminhar para a saída sem nenhuma palavra. 

Comecei a me mover para ir atrás dela quando Tanya me chamou. 

- Edward... 

- Agora não Tanya. Preciso falar com Isabella. 

Deixei Tanya e fui atrás de minha esposa que estava parada próxima a seu carro. 

- Isabella, eu... 

- Não Edward! Chega! Ou você me fala tudo agora. Toda a verdade ou nosso casamento acaba aqui. 

Respirei fundo absorvendo o choque das suas palavras. 

- Certo. Vamos conversar. Não aqui obviamente. Vamos pra casa. 

Ela entrou no carro, e eu fui até o meu dirigindo o tempo todo atrás dela. Chegamos a nosso apartamento e fomos diretamente para a varanda, onde por tantas vezes nos amamos. 

Isabella sentou-se e me encarou esperando. Respirei fundo. 

- O que vou te contar ninguém sabe... Somente eu e Tanya. 

Andei de um lado para o outro tentando achar a melhor forma de falar. 

- Lembra-se o que lhe contei outro dia sobre a professora de piano? - ela assentiu- Carmem Denali, ela é a mãe de Tanya. 

Ela me olhou pensando. 

- A mulher que vi no quarto? Que tem Alzheimer? 

- Sim. Ela mesma. Como eu te falei, na época dos meus 17 anos eu a conheci. Ela foi minha professora de piano e... E fomos amantes. 

Falei olhando a reação dela. Ela arregalou os olhos por um momento, mas depois manteve suas reações para si. 

- Amantes? – assenti - Mas ela é bem mais velha que você. 

- Sim. Na época ela tinha 35 anos. E é claro era casada e tinha uma filha pequena, Tanya. 

Falei me lembrando da época. 

- Carência afetiva ou materna pode usar qualquer um dos dois motivos para que eu me envolvesse com ela. Eu não sei responder a isso. Ela foi a primeira mulher que me interessei. Foi meu primeiro beijo. Primeiro sexo. Tudo. Ela me ensinou a ser alguém melhor, me dava conselhos, éramos amigos além de amantes. Ela era... É uma mulher maravilhosa. Ela vivia uma crise no casamento, não sei, mas só sei que ficamos juntos por meses. Até que eu quis mais. Eu a amava. Estava loucamente apaixonado e pedi a ela que ficasse somente comigo. Mas o que um garoto como eu tinha pra oferecer? Nada. Ela não aceitou e terminou o que tínhamos. Então eu enlouqueci. Deve ser nesta época que meus pais ficaram mais preocupados comigo. Eu comecei a beber me droguei e por sorte não virei um viciado. Então inconsequentemente fui atrás de Carmem implorando que voltássemos. Fui a casa dela e lá não resistimos e fizemos amor e aí... 

Parei o que ia dizer. 

- O marido dela nos pegou na cama. Foi horrível. Ele ficou descontrolado não tanto comigo, já que viu que eu era um garoto, mas com Carmem ele foi cruel. Disse coisas horríveis a ela e o pior para mim foi ouvi-la dizer que o amava. Eu saí de lá e mais tarde soube que ele morreu em um acidente de carro. Ele ficou fora de si bebeu e saiu de carro. Após isso Carmem entrou em grave depressão, não superando a perda do marido. E por conta disso, ela desenvolveu Alzheimer. E eu? Bom eu tenho que conviver com a culpa de ter destruído uma família. De ter feito isso com Carmem, de ter deixado Tanya sem pai e sem mãe praticamente. Por isso me fechei Bella? Passei a ser frio. Não queria mais este sentimento de paixão e loucura em minha vida. Isso só destrói. Eu só destruo aquilo que amo. 

Isabella se levantou abruptamente ficando a minha frente bem próxima mim. 

- Edward você não teve culpa. 

- É claro que tive. Eu era um garoto, mas sabia o que era certo e errado, Bella. 

- Você era um garoto e estava apaixonado. Não pode se sentir culpado por isso. 

- Olha o que foi a vida dessa menina. Tanya. Ela não tem ninguém. 

- Você as ajuda? Tanya e Carmem? 

- É o mínimo que posso fazer. 

Respirei fundo e olhei para minha esposa. Por que ela não estava me xingando de todos os nomes impublicáveis? Ela estava calma e tranquila. 

- Por que não está com raiva de mim? Por esta coisa horrível que fiz? 

- Você não tem culpa e por que... 

Ela desviou os olhos dos meus. 

- Por quê? 

Perguntei olhando em seus olhos até ela me olhar também. 

- Porque amo você. 



Continua...